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quarta-feira, 16 de março de 2016

Cardeal da Igreja ensina: O silêncio na liturgia - Para dizer sim ao Senhor


  Muitos fiéis queixam-se justamente pela falta de silêncio nalgumas formas de celebração da nossa liturgia. Por conseguinte, é importante recordar o significado do silêncio como valor ascético cristão e como condição necessária para uma oração profunda e contemplativa, sem esquecer que na celebração da santa Eucaristia estão previstos oficialmente tempos de silêncio, a fim de evidenciar a sua importância para uma renovação litúrgica autêntica.

  No sentido negativo, o silêncio é a ausência de barulho. O silêncio virtuoso – ou melhor, místico – deve ser obviamente distinguido do silêncio deplorável, da rejeição de dirigir a palavra, do silêncio de omissão por covardia, egoísmo ou dureza de coração. Naturalmente, o silêncio exterior é um exercício ascético do domínio no uso da palavra. A ascese é um meio indispensável que nos ajuda a eliminar da nossa existência tudo o que a torna pesada, ou seja, o que obstaculiza a nossa vida espiritual e interior e que, portanto, constitui um impedimento para a oração.

  Sim, é precisamente na oração que Deus nos comunica a sua vida, isto é, manifesta a sua presença na nossa alma irrigando-a com as ondas do seu amor trinitário, o Pai através do Filho, no Espírito Santo. E a oração é essencialmente silêncio.


Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos

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