Conhecidos como “os sem
dinheiro” e com a graça de serem citados no Cânon da Missa e na Ladainha de
Todos os Santos, os mártires Cosme e Damião nasceram em Egeia na Ásia Menor e
seus nomes de batismo eram Acta e Passio. Tinham outros irmãos de nome Antimo,
Leôncio e Euprépio que cresceram sob o regime de perseguição do imperador
Diocleciano que findou por vitimar seu pai.
A hagiografia não traz muitos dados sobre a
infância dos irmãos, mas revela que tinham um grande talento para a prática da
medicina. A Tradição nos coloca que curavam “todas as enfermidades, não só das
pessoas, mas também dos animais, fazendo tudo gratuitamente”. Eles se
aperfeiçoaram e se diplomaram na região da Síria e passaram então a exercer a
profissão com maior zelo e profissionalismo, sem contudo perder a fé e levando
sempre seus pacientes à cura do corpo e da alma. A esta metodologia eram
atribuídos vários milagres, convertendo até mesmo os mais abastados pagãos,
pois Cosme e Damião não cobravam por seus serviços. A Tradição também narra que
certa vez Damião aceitou o pagamento de uma mulher que havia sido tratada e foi
severamente repreendido por Cosme.
O testemunho convicto de fé e caridade de
Cosme e Damião chamaram a atenção e inflamaram a ira do Imperador Diocleciano.
O prefeito da cidade chamado Lísias ordenou a prisão dos irmãos no intuito
deles renunciarem a sua fé. Diante de sua postura firme e convicta de fé, foram
torturados, mas não sofriam nenhum ferimento. O fato transcorreu até o dia em
que foram condenados à lapidação mas as pedras jogadas neles voltavam para seus
algozes. Foram então alvejados por flechas mas as mesmas retornavam sem
feri-los. Por fim foram martirizados por decapitação no dia 27 de setembro por
volta do ano 303 e seus corpos enterrados na cidade de Ciro na Síria.
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