A Memória de hoje liga-se a
uma antiga tradição cristã. Contam que, na Sexta-feira da Paixão, Maria
Santíssima voltou a encontrar-se com Jesus, seu filho. Foi um encontro triste e
muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado, torturado e exposto à
humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus arrastava até ao Calvário a
pesada cruz, para aí ser crucificado. Sua Mãe, ao vê-lo tão mal tratado, com a
coroa de espinhos, sofre de dor. Perdendo as forças, caiu por terra, vergada
pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer suspenso na cruz.
Recobrando os sentidos, reuniu todas as suas forças, acompanhou o filho e
permaneceu ao pé da Cruz até o fim.
Inicialmente, esta Memória foi celebrada com
o título de "Nossa Senhora da Piedade" e "Compaixão de Nossa
Senhora". Depois, Bento XIII (1724-1730) promulgou a Memória com o título
de "Nossa Senhora das Dores". Neste dia antigamente se fazia a
Sequência de Nossa Senhora das Dores, uma poesia cantada e musicada que era
executada dentro da Missa. Depois da Reforma litúrgica, infelizmente, a peça
foi excluída: o famoso “Stabat Mater”.
Somos convidados, hoje, a meditar os
episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a
participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do
velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egito (Mateus 2,13ss.); a perda de
Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus para o
Calvário (João 19:12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e
o sepultamento (Lucas 23,50ss.).
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