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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Cardeal Müller fala sobre a sacralidade do Matrimônio cristão


  O Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, responde a perguntas sobre o matrimônio e invoca a tradição como resposta aos que pretendem mudar a teologia do casamento. Acompanhe duas das perguntas que lhe foram dirigidas e as suas respostas firmes baseadas na Escritura Sagrada. É um momento para meditar, compreender e aceitar a doutrina de Jesus, sem mudar o que Nosso Senhor nos ensinou.

Mesmo sendo difícil de entender, pode elaborar mais qual é a ideia da Igreja sobre o matrimônio?

  O matrimônio sacramental é um testemunho do poder da graça que transforma o homem e prepara toda a Igreja para a cidade santa, a nova Jerusalém, a própria Igreja, pronta «como uma esposa adornada para o seu esposo» (Ap 21, 2). O Evangelho da santidade do matrimônio deve ser anunciado com audácia profética. Um profeta tíbio procura na adequação ao espírito dos tempos a sua própria salvação, mas não a salvação do mundo em Jesus Cristo. A fidelidade às promessas do matrimônio é um sinal profético da salvação que Deus doa ao mundo: «quem pode compreender, compreenda» (Mt 19, 12).

  O amor conjugal é purificado, fortalecido e aumentado pela graça sacramental: «Este amor, ratificado por um compromisso comum e sobretudo consagrado por um sacramento de Cristo, permanece indissoluvelmente fiel na boa e na má sorte, a nível do corpo e do espírito; por conseguinte exclui qualquer adultério e divórcio» (Gaudium et Spes, 49). Por conseguinte, os esposos, participando em virtude do sacramento do matrimônio do amor definitivo e irrevogável de Deus, podem em virtude disto ser testemunhas do amor fiel de Deus, nutrindo constantemente o seu amor através de uma vida de fé e de caridade.

A par desse enunciado geral – e radicalmente otimista – a Igreja deve ter os pés no chão e conhecer a dificuldade das vidas reais. Quando o olhar da Igreja tropeça nesses casos, que tem a dizer?

  Certamente, há situações – cada pastor o sabe – nas quais a convivência matrimonial se torna praticamente impossível por causa de graves motivos como, por exemplo, em caso de violência física ou psíquica. Nestas dolorosas situações a Igreja sempre permitiu que os cônjuges se pudessem separar e não vivessem mais juntos. Contudo, deve ser esclarecido que o vínculo conjugal de um matrimônio validamente celebrado permanece estável diante de Deus e ambas as partes não são livres de contrair um novo matrimônio enquanto o outro cônjuge for vivo. Os pastores e as comunidades cristãs devem, portanto, comprometer-se em promover de todas as formas a reconciliação também nestes casos ou, quando isto não for possível, em ajudar as pessoas concernidas a enfrentar na fé a própria difícil situação.


Fonte: artigo de D. Gerhard Ludwig Müller no Osservatore Romano

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