Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

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sábado, 6 de setembro de 2014

A nova realidade de uma Paróquia em missão


  “Todos” não é uma mera “força de expressão”, nem uma hipérbole. E quando o Santo Padre, o Papa Francisco nos fala do “sonho missionário de chegar a todos”, não está a referir-se a algo não concretizável, de um reino da utopia. “Chegar a todos” significa que ninguém passará por nós, cristãos, sem escutar e ser confrontado, ao menos uma vez na vida, com a Boa Nova de que Jesus é verdadeiramente o Salvador, e que em mais ninguém se encontra a vida em plenitude, a vida feliz. E significa, igualmente, que se alguém corre o risco de viver sem nunca escutar o Evangelho, cada um de nós, por si próprio, assume como seu encargo a responsabilidade de ir até ele, na atitude de quem sai de si, de quem se esquece do seu bem-estar para se preocupar com a necessidade de tornar os outros felizes.

  Não se trata, simplesmente, dum anúncio feito de palavras, mas de algo que consiste em “vida vivida”: porque a vida cristã, ao mesmo tempo que se partilha em palavras, diz-se também em gestos, atitudes, modos de ser. Diz-se em vida. E não se trata de uma utopia porque não é um desejo que nasça do coração de cada um. É antes uma missão que recebemos do próprio Jesus Cristo, e que não é opcional: discípulo missionário, diz o Papa Francisco para falar do cristão, qualquer que ele seja. Conhecemos pouco de nós mesmos e partilhamos pouco entre nós. A atitude missionária deve partir do meio de nós para fora da Igreja; não podemos pensar “fora” quando não nos entrosamos “dentro”.

  Ao longo destes próximos anos pastorais, a nossa Paróquia é convidada pelo seu Pároco a redescobrir caminhos, modos de vida que a tornem mais missionária. De tal modo que fazer missão deixe de ser algo que traga consigo um esforço, a necessidade de um querer, para passar a constituir algo de natural e de essencial, a viver sempre, sem desfalecer. Em Outubro, de maneira especial, vamos às ruas, vamos às casas para falar de Deus e de seu amor. Vamos conhecer a realidade de nosso povo e nos colocar mais próximos deles, a fim de levá-los a um encontro com Cristo. Animados e orientados pela Encíclica do Papa, “Alegria do Evangelho” e pelo documento “Paróquia: Comunidade de comunidades”, da CNBB, vamos dar um passo mais largo rumo a uma Igreja de portas abertas.


  Não se trata de nada de novo, já o sabemos. Mas, convenhamos, a nossa atitude missionária tem deixado muito a desejar. Em muitas pessoas que encontro, tantas são as ideias feitas e os preconceitos sobre Cristo, a Igreja e os cristãos. E em tantos cristãos que encontro noto igualmente aquela entranhada convicção de que “não vale a pena”, e que “o mundo vai de mal a pior”. E mesmo que isso fosse verdadeiro, manda-nos o Senhor Jesus que não escondamos o nosso talento debaixo da terra, mas antes o façamos multiplicar! Que nossa Paróquia seja um lugar acolhedor onde Deus possa ser ouvido, aceito e seguido.

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