Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

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domingo, 8 de janeiro de 2017

Hoje celebramos hoje a Solenidade da Epifania do Senhor


1. “À Tua luz caminharão os povos e os reis andarão ao brilho do Teu esplendor” (Is. 60, 3). Hoje a Igreja celebra a solenidade da Epifania, “manifestação” de Cristo a todos os povos, representados pelos Magos vindos do Oriente. Esta festividade ajuda-nos a penetrar o profundo sentido da missão universal da Igreja, que se pode compreender como um movimento de irradiação: o irradiar- se da luz de Cristo, refletida no rosto do seu Corpo místico. E dado que esta luz é luz de amor, verdade e beleza, não se impõe com a força, mas ilumina as mentes e atrai os corações.

  Ao irradiar esta luz, a Igreja obedece ao mandato de Cristo ressuscitado: “Ide (...) ensinai todas as nações” (Mt. 28, 19). Trata-se de um movimento que, a partir do centro, da Eucaristia, se propaga em todas as direções, através do testemunho e do anúncio do Evangelho. Este “ir” é animado por um impulso interior de caridade, sem o qual não produziria qualquer fruto.

  A experiência dos Magos é muito eloquente a este propósito: eles movem-se guiados pela luz de uma estrela, que os atrai a Cristo. A Igreja deve ser como aquela estrela, isto é, capaz de refletir a luz de Cristo, a fim de que os homens e os povos em busca de verdade e justiça se ponham em caminho rumo a Jesus, único Salvador do mundo.

2. Esta tarefa missionária é confiada a todo o Povo de Deus, mas incumbe de modo especial a quantos são chamados ao ministério apostólico, isto é, aos Bispos e Sacerdotes. Hoje, Festividade da Epifania, segundo um costume já consolidado, tive a alegria de consagrar doze novos Bispos. Rezemos juntos por estes novos Pastores e por todos os Bispos do mundo, para que o seu serviço ao Evangelho seja cada vez mais generoso e fiel.

3. Neste dia, dirijo um pensamento especial aos irmãos do Oriente cristão, muitos dos quais celebram precisamente hoje o Santo Natal. Diante do ícone do Menino Jesus, amorosamente protegido por Maria e São José, desejamos invocar a graça de um ulterior aprofundamento das relações de compreensão e comunhão entre os cristãos do Oriente e do Ocidente. Com efeito, as diversidades nas tradições litúrgicas não só não devem constituir um obstáculo para a unidade, mas devem ser um estímulo para o conhecimento e o enriquecimento recíprocos. Confiamos estes votos à Virgem Maria, enquanto lhe pedimos, de modo particular, que acompanhe os Bispos consagrados hoje de manhã no seu ministério pastoral.


(João Paulo II - Angelus - 06-I-1997)

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