Todos nos temos de esforçar por tornar amável o
relacionamento com as pessoas que convivem conosco ou que estão perto, por uma
razão ou por outra. Demos espaço ao Senhor no nosso coração e nos nossos dias.
Assim fizeram também Maria e José, mas não foi fácil: quantas dificuldades
tiveram que superar! Não era uma família fictícia, nem uma família irreal. A
família de Nazaré compromete-nos a redescobrir a vocação e a missão da família,
de cada família.
Contemplar Jesus,
Maria e José há de impulsionar-nos a estar atentos aos outros, como eles
estiveram. Temos de rezar diariamente e ocupar-nos das suas necessidades
espirituais e materiais, do seu descanso, da ordem e dignidade material da
casa, que há de ser um espelho do lar de Nazaré. E não consideremos nunca estes
deveres como um peso, mas como salutares ocasiões de servir.
No seio da família de
Nazaré, Jesus foi testemunho de tantos pormenores de delicadeza, de tantas
manifestações de carinho. Quando começou a Sua vida pública, conheciam-No pelas
suas raízes familiares: Não é este o filho do artesão? Não se chama sua
mãe Maria? Que bom seria que, ao observarem a nossa atuação de fiéis seguidores
de Cristo, as pessoas pudessem afirmar: nota-se que esta pessoa imita o exemplo
de Jesus, porque cuida o ambiente da sua casa, porque o leva consigo para todo
o lado, porque deseja que os outros participem dessa alegria e dessa paz.
Com outras palavras
do nosso Fundador, peçamos que nas famílias se mantenha sempre o espírito dos
primeiros tempos do cristianismo: pequenas comunidades cristãs que foram
centros de irradiação da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares
daqueles tempos, mas animados de um espírito novo que contagiava aqueles que os
conheciam e com eles conviviam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos
de ser nós, os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da
alegria que Cristo nos trouxe.
(D. Javier Echevarría,
na carta do mês de janeiro de 2015)
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