Francisca de Paula de Jesus,
familiarmente conhecida como Nhá Chica, nasceu em 26 de abril de 1810, na
cidade de Santo Antônio do Rios das Mortes, distrito de São João Del Rey (MG). Era
filha da escrava Izabel Maria, solteira. Tinha um irmão, Teotônio Pereira do
Amaral, que se tornou muito rico. A futura beata herdou dele a herança que foi
distribuída como esmola para os pobres e utilizada na construção de uma capela
para a Imaculada. Decidida a não se casar, Nhá Chica preferiu levar uma vida
dedicada à caridade e oração, como sua mãe tinha lhe aconselhado antes de
morrer.
Não entrou no mosteiro, mas optou por fazer
parte das mulheres beatas, que consagravam a vida ao Senhor, permanecendo em
suas casas e fazendo a caridade aos necessitados. Morreu em 14 de junho de 1895
com fama de santidade.
"O Papa Francisco, em sua carta de
beatificação, disse que Nhá Chica era uma mulher de oração assídua e uma fiel
testemunha da misericórdia de Cristo para com os necessitados no corpo e no
espírito.
Por unanimidade as testemunhas afirmam que
Nhá Chica rezava muito e tinha sempre o rosário na mão. Incansável adoradora do
Santíssimo Sacramento e contempladora da Paixão de Jesus, tinha uma profunda
devoção a Nossa Senhora, que chamava de Minha Sinhá. A Salve Rainha era a sua
oração preferida. A nossa futura beata era humilde. Não atribuía nada à sua
pessoa, mas tudo a Deus e a Nossa Senhora.
Ela colocava os pedidos dos fiéis diante da
Virgem Maria. Quando uma pessoa voltava para agradecê-la por uma graça
alcançada, ela dizia: 'Eu peço a Nossa Senhora, que me escuta e me responde'. A
fama de santidade de Nhá Chica sempre foi consistente e persistente. Ela era
chamada a Santinha de Baependi. A sua beatificação é uma lição autêntica de
vida cristã."
Fonte: Gaudium Press
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