A liturgia do 5º Domingo da
Páscoa convida-nos a refletir sobre a nossa união a Cristo; e diz-nos que só
unidos a Cristo temos acesso à vida verdadeira. O Evangelho apresenta Jesus como “a verdadeira videira” que dá os frutos bons
que Deus espera. Convida os discípulos a permanecerem unidos a Cristo, pois é
d’Ele que eles recebem a vida plena. Se permanecerem em Cristo, os discípulos
serão verdadeiras testemunhas no meio dos homens da vida e do amor de Deus.
A primeira leitura diz-nos que o cristão é
membro de um corpo – o Corpo de Cristo. A sua vocação é seguir Cristo,
integrado numa família de irmãos que partilha a mesma fé, percorrendo em
conjunto o caminho do amor. É no diálogo e na partilha com os irmãos que a
nossa fé nasce, cresce e amadurece e é na comunidade, unida por laços de amor e
de fraternidade, que a nossa vocação se realiza plenamente.
A segunda leitura define o ser cristão como
“acreditar em Jesus” e “amar-nos uns aos outros como Ele nos amou”. São esses
os “frutos” que Deus espera de todos aqueles que estão unidos a Cristo, a
“verdadeira videira”. Se praticarmos as obras do amor, temos a certeza de que
estamos unidos a Cristo e que a vida de Cristo circula em nós.
Hoje, Jesus, “a verdadeira videira”, continua
a oferecer ao mundo e aos homens os seus frutos; e o faz através dos seus
discípulos. A missão da comunidade de Jesus, que hoje caminha pela história, é
produzir esses mesmos frutos de justiça, de amor, de verdade e de paz que Jesus
produziu. Trata-se de uma tremenda responsabilidade que nos é confiada, a nós,
os seguidores de Jesus. Jesus não criou um gueto fechado onde os seus
discípulos podem viver tranquilamente sem “incomodarem” os outros homens; mas
criou uma comunidade viva e dinâmica, que tem como missão testemunhar em gestos
concretos o amor e a salvação de Deus.
Se os nossos gestos não derramam amor sobre
os irmãos que caminham ao nosso lado, se não lutamos pela justiça, pelos direitos
e pela dignidade dos outros homens e mulheres, se não construímos a paz e não
somos arautos da reconciliação, se não defendemos a verdade, estamos a trair
Jesus e a missão que Ele nos confiou. A vida de Jesus tem de transparecer nos
nossos gestos e, a partir de nós, atingir o mundo e os homens.
Fonte: Portal Dehonianos
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