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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A espiritualidade do tempo do Advento


  Toda a liturgia do advento é apelo para se viver alguns comportamentos essenciais do cristão: a expectativa vigilante e alegre, a esperança, a conversão, a pobreza. Expectativa vigilante e alegre – O olhar da comunidade fixa com esperança mais segura no cumprimento final, a vinda gloriosa do Senhor: “Maranatha: vem, Senhor Jesus”. É uma expectativa vigilante e alegre porque aquilo que se espera acontecerá. Deus é fiel. A alegria caracteriza os tempos messiânicos (Is 9,2; 35,1; 44,23; 49,13; 35,9; 51,11; 61,10). E ainda, o Batista salta de alegria no ventre de Isabel. A virgem é convidada a alegrar-se.

  O nascimento é uma festa alegre (Lc 1,44.46-47; 2,10.13-14). A esperança - É uma esperança forte e paciente; que aceita a hora da provação, que aceita a provação, a perseguição e a lentidão do desenvolvimento do Reino... A conversão – O comportamento de vigilância e espera alegre, exige sobriedade. São Paulo nos convida para despertarmos do sono e estarmos preparados, a fim de recebermos a salvação definitiva (Rm 13,11-14). É necessário um treinamento diário na luta contra o maligno, muita sobriedade e oração. A penitência do advento tem um estilo diferente da quaresma. Mas é igualmente centrada na conversão – consiste em prepararmos alegres e ligeiros, cheios de esperança, o caminho do Senhor que vem. Ajuda-nos ainda a reconciliar-nos totalmente com nossa realidade humana, pessoal e social.


  Na humanidade de Jesus, encontramos a nossa, o nosso jeito de ser, nossas fragilidades e problemas, unindo a Ele o mais profundo de nossa condição humana. Espírito pobre – aqueles (as) que esperam as promessas de Deus, confiam nele e estão disponíveis e dóceis ao plano de Deus (Cristo, festa da Igreja, p. 189-192). Ainda vale ressaltar que o advento é marcado pela mística da gravidez, que cria em nós uma atitude permanente de espera, que nos faz crer na força escondida da vida que continuamente está para nascer. 

  A espiritualidade do advento e do natal nos faz retomar a mística pascal no sentido de passar das trevas à luz, de “uma vida morta” a “vida nova da ressurreição”. Expectativa, espera ardente e ativa. Esperar contra toda esperança. “Preparem os caminhos do Senhor”; Vigilância: oração mais intensa; escuta assídua da Palavra de Deus, atenção a nós mesmos, à comunidade, à história.

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