A liturgia deste último
domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao
nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-se servo dos homens,
deixou-se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia
deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição
suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos
propõe: a doação da vida por amor.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta
anônimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da
salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e
concretizou, com teimosa fidelidade, os projetos de Deus. Os primeiros cristãos
viram neste “servo” a figura de Jesus. Quem quer seguir a Jesus, também se fará
servo de todos e, junto com todos, há de se tornar como o Filho de Deus.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de
Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência
ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida
que a Palavra de Deus nos propõe. Não poderemos trilhar outro caminho que não o
ensinado por Jesus. É verdade que a natureza humana é fraca e pecadora, mas
também é verdade de que somos filhos de Deus e como filhos do Pai muito amado
devemos fazer todo o sacrifício para estar com Ele na glória.
O Evangelho convida-nos a contemplar
a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço,
a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na
cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que
se faz dom total. Em suas últimas palavras, o Cristo ensina a humildade, a
compaixão, o amor, a entrega ao Pai – tudo o que precisamos saber sobre o
caminho do céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.