Na sua homilia de 4 de
fevereiro de 2015, o Papa Francisco convidou os homens a terem mais presença na
família para viver a plenitude da experiência complexa da paternidade. Esse
pedido do Papa vem mesmo ao encontro da realidade em que muitas famílias estão:
o pai trabalhando sempre mais, sempre mais cansado e esgotado e sem força para
ter uma mínima convivência com a esposa e com os filhos.
A regra da casa deveria ser clara: os esposos
precisam do relacionamento próximo e dialogal e os pais não devem deixar de
participar da vida de seus filhos, desde as questões menores às maiores. A
paternidade do homem precisa ser reconhecida e melhorada; a paternidade do
homem precisa ser exercida de forma segura, forte e amorosa. No momento em que
o homem deixa seu papel em casa, a esposa-mãe fica sobrecarregada; os filhos
perdem a referência masculina e toda a casa sofre as consequências dessa
desestrutura.
Nossa proposta é motivar os pais a se
conscientizarem de que a paternidade começa na gravidez e continua depois do
nascimento do filho e, principalmente no período da adolescência - tempo da
efervescência de sentimentos, temores e problemas de identidade. Deve o pai
sempre se esforçar por alcançar o modelo da paternidade divina, que abraça e
acolhe e que corrige e dá direções. Um pai "fraco" ou ausente traz
graves males ao amor esponsal e ao desenvolvimento pleno dos filhos.
Convido aos esposos e pais a refletirem em
casa, com seus familiares e amigos, sobre esta missão pessoal e grandiosa do
homem, que transcende a sociedade, dada a importância do fato de ser pai e da
relevância da sua presença nas famílias dos novos tempos. O pai deve ser a
referência moral e ética, religiosa e humano-afetiva. Que os esposos amem e se
dediquem à esposa e valorizem seu trabalho constante; que os pais olhem para
seus filhos com maior delicadeza, proteção e responsabilidade.
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