Hoje celebramos a Festa da
Natividade de Nossa Senhora, isto é, a festa de seu nascimento. Esta liturgia
já era celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E, no Ocidente,
desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus,
nascido de Maria para ser o nosso Salvador. Para vir o Messias ao seu povo,
Deus escolheu uma Virgem especial, dotada de todas as virtudes humanas e
espirituais para ser a Mãe do Senhor. O nascimento de Maria é já o início dos
novos tempos e o alvorecer de uma nova época, banhada pela graça e
misericórdia.
No seu “Sermão do Nascimento da Mãe de Deus”,
diz-nos lindamente o Pe. Antônio Vieira: “Perguntai aos enfermos para que nasce
esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai
aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados,
dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que
nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para
Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora
da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para
Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para
Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os
pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora
da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os
desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para
Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas
estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria
e Mãe de Jesus”. (Apud José Leite, S. J., op. cit., Vol. III, p. 33.).
Precisamente
nove meses depois de comemorar a Imaculada Conceição da Virgem, a Igreja
celebra a festividade do seu Nascimento. Este sinal da bondade de Deus também
nos fala sobre o valor de uma vida e o futuro que ela terá. Maria nasce para
algo grande e belo, e sua vida é, desde cedo, uma oferta agradável ao Pai. E a
nossa vida? Como a vivemos? Como a dedicamos?
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