São Justino converteu-se ao Cristianismo por volta
do ano 130, mas antes tinha se dedicado ao estudo da filosofia grega; copiando
uma prática dos filósofos gregos, fundou uma escola em Roma com a finalidade de
transmitir os ensinamentos cristãos. Morre decapitado com outros seis cristãos
em 165.
Para sua conversão, porém, revelou-se determinante
o testemunho dos mártires: “Quando ainda era discípulo de Platão, eu ouvia as
acusações dirigidas aos cristãos. Mas, vendo-os intrépidos diante da morte e
diante daquilo que os homens mais temem, compreendi que era impossível que eles
vivessem no mal.”
Segundo São Justino, o homem pode saber, por meio
do intelecto, que Deus existe, mas esse conhecimento é incompleto, a não ser
que se tenha fé em Cristo, o Verbo (logos)
encarnado, que realiza a plena revelação divina. Para explicar esse argumento,
o apologista lança mão do estoicismo (o logos
enquanto organizador do universo).
Tomando emprestada essa ideia, Justino afirmava
que Deus planta na alma dos homens de boa-vontade as suas logos spermatikoi, as sementes do Verbo. Por isso, todos os grandes
filósofos da Antiguidade teriam vivido e pensado em maior ou menor medida
segundo a vontade de Deus. Entretanto, somente os cristãos tem a plenitude do
Verbo, e não somente fragmentos dele, por meio da fé.
Cheio de fé e devoção, disse ao morrer: "Ninguém de bom senso abandona a piedade para cair na impiedade".
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