O
Papa visitou hoje o mosteiro das monjas camaldolenses, em Roma, num dos últimos
atos públicos associados ao Ano da Fé, e apelou à confiança no “amanhã de
Deus”. “Muitas vezes penso: sabemos esperar o amanhã de Deus ou queremos o
hoje, hoje, hoje?”, perguntou Francisco, durante a celebração a que presidiu na
igreja da comunidade. A esperança, precisou o Papa, nutre-se de “escuta, de
contemplação, de paciência, para que os tempos do Senhor amadureçam”.
A visita aconteceu na Jornada para a Vida
Contemplativa (‘pro orantibus’), que se celebra todos os anos por ocasião da
memória litúrgica da Apresentação de Maria no Templo. Francisco apresentou como
exemplo para os católicos a atitude de Maria, “presente em todos os momentos da
história da salvação”. “A única lâmpada acesa junto ao túmulo de Jesus era a
esperança da mãe, que naquele momento era a esperança de toda a humanidade.
Perguntou-me, e a vós também, se nos mosteiros ainda está acesa esta lâmpada”
O Papa destacou como atitude fundamental da
Virgem Maria o “fazer a vontade de Deus” numa “abertura confiante ao futuro”,
mesmo perante “dificuldades e surpresas”. “Ela, mãe da esperança, sustenta-nos
nos momentos de escuridão, de dificuldade, de desconforto, de aparente derrota
ou de verdadeiras derrotas humanas”, acrescentou.
O Papa foi recebido pela abadessa do
mosteiro, Madre Michela Porcellato, e seguiu para a Capela onde estavam
reunidas as 21 monjas da comunidade. Francisco presidiu à Celebração da oração
de Vésperas, segundo a Regra das beneditinas camaldulenses, a que se seguiu um
momento de Adoração eucarística. Após a celebração, o Papa foi encontrar-se com
as religiosas na sala capitular, antes de deixar o mosteiro e regressar ao
Vaticano.
Fonte:
Agência Ecclesia
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