Santa
Gertrudes de Helfta foi monja cisterciense e escritora mística, também
conhecida como Gertrudes a Grande, ou Gertrudes a Magna. Das origens de
Gertrudes de Helfta só se conhece a data de nascimento: 6 de janeiro de 1256. O
lugar parece ter sido Eisleben, e a família é um enigma. O silêncio a respeito
resultou suspeito, e se há elaborado conjecturas como a procedência servil ou
pobre; haver sido abandonada; ou ser filha ilegítima de algum nobre. O que é
seguro é que em sua família existiam circunstâncias que na época não era
adequado mencionar.
Com a idade de 5 anos ingressou no mosteiro
de Helfta. Sobre isto tão pouco hão ficado noticias, desconhecendo-se como
chegou e se foi acolhida exclusivamente como educanda, para ser formada na
escola de meninas a cargo de Matilde de Hackeborn; ou como oblata, oferecida a
Deus para converter-se em monja.
Gertrudes iniciou sua aprendizagem monástica.
Realizou o noviciado, professou e recebeu uma cuidada formação teológica,
filosófica, literária e musical. Sua vida foi normal até os 25 anos, como uma
monja a mais do mosteiro, dedicada à cópia de manuscritos, à costura e aos
labores agrícolas da horta monastica. Não desempenhou cargos importantes, ou ao
menos só se conhece que foi cantora segundo às ordens de Matilde de Hackeborn.
Em 27 de janeiro de 1281 teve sua primeira
experiência mística, que suporia uma profunda mudança em sua vida. Tratou-se de
uma visão de Cristo adolescente, que lhe dizia: "Não temas, te salvarei,
te livrarei... Volve-te a mim e eu te embriagarei com a torrente de meu divino
regalo". A partir disto deixou os estudos profanos e de literatura pelos
estudos teológicos; e sua existência passou de ser rotineira a viver uma
profunda experiência mística.
Gertrudes viverá uma intensa vida mística em
meio a vida comunitária. Muitas vezes sofreu enfermidades, porém isto não a
incapacitou para dedicar-se a escrever diversas obras literárias entre as que
se encontravam comentários à Sagrada Escritura. Se perderam quase todas as suas
obras, conservando-se só três. Seus escritos e espiritualidade passaram
desapercebidos até 1536 em que os cartuxos de Colônia imprimem o Memorial. A
aceitação e êxito foi enorme, e produziu-se toda uma corrente espiritual em
torno a ela que se traduziu em reedições contínuas de seus escritos e numerosas
biografias. Por tal êxito, e ao desconhecer o apelido, começou a ser chamada
Gertrudes a Grande, ou a Magna. Gertrudes morreu em 17 de novembro de 1302, em
Helfta, aos 45 anos de idade.
Fonte:
Evangelho Cotidiano
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