“Na
Igreja existe, e é muito comum, um espírito contrário à sabedoria de Deus: o
espírito da curiosidade”. Foi o que disse na manhã desta quinta-feira, 14, o
Papa Francisco, na missa celebrada na Casa Santa Marta. “Esta tentação nos
acomete – explicou – quando queremos nos apropriar dos projetos de Deus, do
futuro, das coisas; quando queremos conhecer tudo e tomar conta de tudo”. Como
exemplo, o Papa citou os “fariseus” que perguntaram a Jesus “Quando virá o
Reino de Deus? Curiosos, queriam saber a data, o dia...”.
“A curiosidade – explicou o Pontífice – nos
afasta do Espírito da sabedoria, porque leva em conta apenas os detalhes, as
notícias, as pequenas novidades de todos os dias. O espírito da curiosidade não
é um bom espírito: dispersa, afasta de Deus, faz falar demais...”. Prosseguindo
a homilia, Francisco se referiu ao Evangelho, que diz que “o espírito da
curiosidade é mundano e provoca confusão”. A isso tudo, o Papa contrapôs o
comportamento dos “verdadeiros cristãos e cristãs que vivem na sabedoria do
Espírito Santo. Esta é a sabedoria que nos guia com espírito inteligente,
santo, único, múltiplo e sutil”.
“O espírito de Deus nos ajuda a discernir, a
tomar decisões segundo o coração de Deus. Este espírito de amor e fraternidade
nos dá paz, sempre! A santidade é exatamente isso. O que Deus pede a Abraão:
‘Caminhe em minha presença e seja irrepreensível’. Prosseguir sob o impulso do
Espírito de Deus e desta sabedoria. Os homens e mulheres que caminham assim são
sábios, porque procedem sob a moção da paciência de Deus”, concluiu o Papa.
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