A Ordem dos Carmelitas tem
como modelo o profeta Elias e caracteriza-se por uma profunda devoção a Maria.
A Sagrada Escritura fala da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias
defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. Carmelo em hebraico
significa "vinha do Senhor". Ali Elias enfrentou os profetas de Baal.
Segundo o Livro das Instituições, Elias teve uma visão em que a Virgem lhe
apareceu sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia ao
Carmelo.
Em 93, os monges construíram sobre o Monte
Carmelo uma capela em honra à Virgem Maria. As gerações de monges sucederam-se
através dos tempos. Em 1205, o patriarca de Jerusalém deu-lhes uma Regra
baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora,
na vida contemplativa e mística.
Entretanto, ainda no século XIII, os
muçulmanos invadiram a Terra Santa. Os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a
Europa. Nesta época, tinham como superior geral São Simão Stock. Enquanto
rezava, pedindo a Nossa Senhora que fosse a protetora da Ordem dos Carmelitas, segundo
a tradição, no dia 16 de Julho de 1251, Nossa Senhora apareceu a ele, com o
escapulário na mão e dizendo-lhe que todo aquele que o recebesse e usasse como
sinal dessa pertença à ordem do Carmo, seria salvo para sempre. E disse Nossa
Senhora: “Eis o privilégio que te dou à ti e a todos os filhos do Carmelo: todo
o que for revestido desse hábito será salvo”.
A devoção espalhou-se entre os fiéis ao longo
dos séculos e ainda hoje se mantém. É frequente – entre novos e velhos – vermos
pendurada ao pescoço a famosa medalha… Mas, ainda mais importante do que exibir
o escapulário é a opção de liberdade que ele exige. Ou seja, é na vida cotidiana
que se exprime esta devoção; é nos acontecimentos concretos que se joga a
verdadeira pertença a Cristo e à Igreja de que o escapulário é sinal; na
certeza de que a todos os que lhe são fiéis, a Virgem protege na vida, salva na
morte e intercede para sempre.
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