Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

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sábado, 17 de dezembro de 2016

Os Domingos do Tempo Santo do Advento


O primeiro Domingo do Advento

  Neste primeiro Domingo é tempo de meditarmos sobre os relatos bíblicos que prepararam os acontecimentos que se desenrolaram na pequena cidade de Belém da Judeia. O Verbo que se fez carne e habitou entre nós não foi um plano de emergência de nosso Deus para resolver o problema do ser humano. Na verdade, esse plano de redenção do homem estava desde o princípio no coração do Pai. A Bíblia, através do testemunho de João, nos afirma isto: “ele estava desde o princípio com o Pai”.
  A promessa da vinda de Jesus está contida no pacto, nessa grande aliança que Deus fez com Abraão, o nosso Pai da Fé. Nele, Abraão, seriam benditas todas as famílias da terra. As promessas que Deus fez se cumpriram naquela noite em que Maria, na cidade de Belém, deu à luz seu filho Jesus. Ao acendermos a primeira vela da nossa Coroa do Advento, nós relembramos a Aliança que Deus fez com o ser humano que Ele criou com tanto amor. Seja este primeiro domingo do Advento uma ocasião propícia para que relembremos aquele pacto de amor e nos preparemos para a grande comemoração do Natal de Jesus. Porque Jesus vem para nossa redenção.

O segundo Domingo do Advento

  No primeiro domingo do Advento nós relembramos a Aliança que Deus fez com Abraão e a promessa que Ele fez de que, de sua semente, seriam benditas todas as famílias da terra. O seu povo virou escravo no Egito. Depois de 200 anos, saíram do Egito e peregrinaram pelo deserto durante quarenta anos de volta à sua terra. Depois, estabelecido como nação, o povo judeu teve reis, muitas guerras, perdeu as mais importantes e virou escravo outras vezes, na própria terra ou no estrangeiro. Em épocas de grande desolação e de escravidão, quando parecia que Deus havia abandonado o povo que Ele escolhera, apareceram os profetas, aqueles que falavam em nome do Senhor. Ao mesmo tempo em que criticavam, com muita veemência, os descaminhos e a desobediência dos judeus, os profetas falavam das promessas do Pai e de que seu cumprimento estava próximo. A palavra que eles traziam para aquele povo sofrido era a esperança.

  Vale a pena, neste segundo Domingo do Advento, relembrar algumas daquelas profecias que tanto animavam o povo e lhe davam a esperança de que as coisas iriam realmente mudar. Jesus Cristo é o cumprimento das promessas amorosas de nosso Pai, que é um Pai de Amor. Aquele menino que vai nascer de maneira bem humilde na pequena cidade de Belém, verbo transformado em carne, esperança traduzida em certeza, é o nosso Salvador. Deus promete, Deus cumpre!

O terceiro Domingo do Advento

  Neste terceiro domingo do Advento, tempo de espera e preparação para o Natal, estamos relembrando as últimas providências de Deus para a efetivação do seu plano de redenção do ser humano, plano que já estava no seu coração amoroso muito antes da criação do mundo. O anúncio feito pelo anjo Gabriel a Maria, que de seu ventre nasceria o salvador do mundo, é uma das mais lindas narrativas da Bíblia. O anjo falou a Maria que ela achara graça diante de Deus. Ainda aturdida pela revelação, Maria, provavelmente uma mocinha em plena adolescência, coloca-se à disposição de Deus dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. Essa disponibilidade de Maria caracteriza o terceiro domingo do Advento.

  Ao pronunciar aquelas palavras, ela nem de leve podia imaginar que a aceitação do mistério revolucionaria a terra dos homens. E o sinal de contradição se fez dom, presente e carne. A doce Virgem Maria é uma mulher admirável. Ela é realmente cheia de graça, o Senhor é com ela e bendito é o fruto do seu ventre, Jesus. Em outro trecho bíblico de grande beleza, o chamado Cântico de Maria (Lucas 1,46-55), ela diz: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque me fez grandes coisas o poderoso; e santo é o seu nome. E a sua misericórdia de geração em geração sobre os que O temem” Maria se alegra em Deus, seu salvador. A palavra chave deste terceiro domingo do Advento é Alegria, por isso o chamamos de Domingo Gaudete, ou “da Alegria”. A alegria que Maria sentiu ao chamado de Deus para uma grande missão, ser mãe de Jesus.

O quarto Domingo do Advento

  O que relembramos hoje são os anjos e pastores das campinas de Belém. “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”. Por causa do recenseamento, Maria foi dar a luz ao filho de Deus na cidade de Belém, berço de Davi. A história da fé começa com o recenseamento. Por causa dele, Deus foi contado entre os homens. Desde aquele dia – e para todo o sempre – Deus pode ser contado junto conosco. É isto o que significa Emanuel, Deus conosco. A partir do Natal, Deus é contado entre os homens.


  No Natal, em contrapartida, pelo seu grande amor, nós também somos contados com Ele. Porque Jesus está entre nós, nós nos transformamos em ovelhas do seu pastoreio. Portanto, o mais importante do Natal não é somente que Jesus nasceu, mas que ele ainda está conosco. E ele, como um bom pastor, tem tomado cuidado de nós. Por isto, não precisamos ter medo, mesmo nos momentos em que andamos “pelo vale da sombra da morte”. A promessa que temos é que “sua vara e o seu cajado nos consolam”. Ele está sempre conosco. O anjo proclama “paz na terra” e diz aos pastores que as novas são de grande alegria. Essa alegria do Natal tem que ser compartilhada com todos os homens porque Jesus nasceu para todos. 

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