O primeiro Domingo do
Advento
Neste primeiro Domingo é tempo de meditarmos
sobre os relatos bíblicos que prepararam os acontecimentos que se desenrolaram
na pequena cidade de Belém da Judeia. O Verbo que se fez carne e habitou entre
nós não foi um plano de emergência de nosso Deus para resolver o problema do
ser humano. Na verdade, esse plano de redenção do homem estava desde o
princípio no coração do Pai. A Bíblia, através do testemunho de João, nos
afirma isto: “ele estava desde o princípio com o Pai”.
A promessa da vinda de Jesus está contida no
pacto, nessa grande aliança que Deus fez com Abraão, o nosso Pai da Fé. Nele,
Abraão, seriam benditas todas as famílias da terra. As promessas que Deus fez
se cumpriram naquela noite em que Maria, na cidade de Belém, deu à luz seu
filho Jesus. Ao acendermos a primeira vela da nossa Coroa do Advento, nós
relembramos a Aliança que Deus fez com o ser humano que Ele criou com tanto
amor. Seja este primeiro domingo do Advento uma ocasião propícia para que
relembremos aquele pacto de amor e nos preparemos para a grande comemoração do
Natal de Jesus. Porque Jesus vem para nossa redenção.
O segundo Domingo do Advento
No primeiro domingo do Advento nós
relembramos a Aliança que Deus fez com Abraão e a promessa que Ele fez de que,
de sua semente, seriam benditas todas as famílias da terra. O seu povo virou
escravo no Egito. Depois de 200 anos, saíram do Egito e peregrinaram pelo
deserto durante quarenta anos de volta à sua terra. Depois, estabelecido como
nação, o povo judeu teve reis, muitas guerras, perdeu as mais importantes e
virou escravo outras vezes, na própria terra ou no estrangeiro. Em épocas de
grande desolação e de escravidão, quando parecia que Deus havia abandonado o
povo que Ele escolhera, apareceram os profetas, aqueles que falavam em nome do
Senhor. Ao mesmo tempo em que criticavam, com muita veemência, os descaminhos e
a desobediência dos judeus, os profetas falavam das promessas do Pai e de que
seu cumprimento estava próximo. A palavra que eles traziam para aquele povo
sofrido era a esperança.
Vale a pena, neste segundo Domingo do
Advento, relembrar algumas daquelas profecias que tanto animavam o povo e lhe
davam a esperança de que as coisas iriam realmente mudar. Jesus Cristo é o
cumprimento das promessas amorosas de nosso Pai, que é um Pai de Amor. Aquele
menino que vai nascer de maneira bem humilde na pequena cidade de Belém, verbo
transformado em carne, esperança traduzida em certeza, é o nosso Salvador. Deus
promete, Deus cumpre!
O terceiro Domingo do
Advento
Neste terceiro domingo do Advento, tempo de
espera e preparação para o Natal, estamos relembrando as últimas providências
de Deus para a efetivação do seu plano de redenção do ser humano, plano que já
estava no seu coração amoroso muito antes da criação do mundo. O anúncio feito
pelo anjo Gabriel a Maria, que de seu ventre nasceria o salvador do mundo, é
uma das mais lindas narrativas da Bíblia. O anjo falou a Maria que ela achara
graça diante de Deus. Ainda aturdida pela revelação, Maria, provavelmente uma
mocinha em plena adolescência, coloca-se à disposição de Deus dizendo: “Eis
aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. Essa
disponibilidade de Maria caracteriza o terceiro domingo do Advento.
Ao pronunciar aquelas palavras, ela nem de
leve podia imaginar que a aceitação do mistério revolucionaria a terra dos
homens. E o sinal de contradição se fez dom, presente e carne. A doce Virgem
Maria é uma mulher admirável. Ela é realmente cheia de graça, o Senhor é com
ela e bendito é o fruto do seu ventre, Jesus. Em outro trecho bíblico de grande
beleza, o chamado Cântico de Maria (Lucas 1,46-55), ela diz: “A minha alma
engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque
me fez grandes coisas o poderoso; e santo é o seu nome. E a sua misericórdia de
geração em geração sobre os que O temem” Maria se alegra em Deus, seu salvador.
A palavra chave deste terceiro domingo do Advento é Alegria, por isso o
chamamos de Domingo Gaudete, ou “da Alegria”. A alegria que Maria sentiu ao
chamado de Deus para uma grande missão, ser mãe de Jesus.
O quarto Domingo do Advento
O que relembramos hoje são os anjos e
pastores das campinas de Belém. “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na
terra aos homens por Ele amados”. Por causa do recenseamento, Maria foi dar a
luz ao filho de Deus na cidade de Belém, berço de Davi. A história da fé começa
com o recenseamento. Por causa dele, Deus foi contado entre os homens. Desde aquele
dia – e para todo o sempre – Deus pode ser contado junto conosco. É isto o que
significa Emanuel, Deus conosco. A partir do Natal, Deus é contado entre os
homens.
No Natal, em contrapartida, pelo seu grande
amor, nós também somos contados com Ele. Porque Jesus está entre nós, nós nos
transformamos em ovelhas do seu pastoreio. Portanto, o mais importante do Natal
não é somente que Jesus nasceu, mas que ele ainda está conosco. E ele, como um
bom pastor, tem tomado cuidado de nós. Por isto, não precisamos ter medo, mesmo
nos momentos em que andamos “pelo vale da sombra da morte”. A promessa que
temos é que “sua vara e o seu cajado nos consolam”. Ele está sempre conosco. O
anjo proclama “paz na terra” e diz aos pastores que as novas são de grande
alegria. Essa alegria do Natal tem que ser compartilhada com todos os homens
porque Jesus nasceu para todos.
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