Um
frade franciscano foi decapitado por rebeldes sírios em um mosteiro no norte do
país, confirmou o Vaticano nesta terça-feira (2/7). O padre François Murad, de
49 anos, foi morto em 23 de junho durante um ataque de militantes das
guerrilhas rebeldes ao convento onde ele havia se refugiado. O religioso foi
decapitado diante de dezenas de pessoas que gritavam “Alá é grande”.
Segundo a Custódia Franciscana da Terra
Santa, o Padre François era bem conhecido na região, para onde havia se
retirado há alguns anos como ermitão, após ter realizado o noviciado
franciscano para a Custódia em Roma, pois era originário da Síria. “Seus
vínculos com a Custódia continuaram fortes e deslocava-se com frequências entre
os diferentes mosteiros para ajudar e substituir os monges. Até o ponto em que
tornou-se um dos nossos”, afirmou Frei Pierbattista Pizzaballa, Custódio da
Terra Santa.
“Desde o começo da guerra na Síria, ele havia
deixado sua ermida para cuidar de um frade enfermo e prestar serviços numa
comunidade religiosa próxima, encontrando-se assim mais seguro. As
circunstâncias trágicas de sua morte são sentidas especialmente na Custódia”,
diz o comunicado. A nota indica ainda para os grandes riscos que correm os sacerdotes que vivem
na Síria, acrescentando que “os frades acolhem os refugiados em alguns
conventos, que se converteram em verdadeiros dormitórios, além de distribuírem
alimentos a todos que batem à porta”.
A Custódia sublinha que o sequestro de dois
bispos dos quais não se tem noticias há dois meses e o bombardeio de um
convento em território sírio em dezembro são o reflexo da difícil situação
vivida no país. “A morte do Padre François foi um duro golpe para todos os
frades. Apesar de tudo, eles continuam sendo uma grande ajuda espiritual para a
população a quem servem”, diz o texto. Por fim, o comunicado lança um apelo à
comunidade internacional para que se encontrem canais de diálogo com as forças
militares presentes na Síria e se estabeleça uma trégua, para se trabalhar na
conciliação das partes envolvidas no conflito”.
Fonte:
Comissariado da Terra Santa
É uma situação lamentável na Síria! A civilização - que acho que é civilizados - matam outras pessoas que não tem nada haver com os conflitos internos no país, para justificar a ignorância, de que estão a serviços de Alá.
ResponderExcluirPerguntou-lhes: Se fosse contrário? Como eles reagiriam?