São
Bento, que hoje é o Patriarca de vários religiosos, nasceu na região de Núrsia
- hoje Norcia - em 480 d. C. Filho de pais nobres que sempre tentaram dar a ele
boa educação e brinquedos os quais ele não fazia gosto. Como diz São Gregório:
"Ainda criança, já trazia em si um coração de ancião". Ainda mais,
com pouca idade já mostrava um amor declarado à oração, e a aversão aos bens
materiais.
Quando atingiu um desenvolvimento espiritual
maior, os pais do santo o levaram para estudar belas artes, letras e retórica,
em uma escola pública em Roma. O meio ambiente onde vivia não o agradava, havia
grande decadência moral e espiritual, cercado por rapazes de vidas desregradas
e repreensivas e receando perder sua terna inocência ele se retira, abandonando
todos os projetos humanos, para as montanhas almejando somente agradar a Deus.
Ficou isolado em uma gruta de difícil acesso
onde hoje existe um mosteiro construído em sua homenagem. Durante sua estadia
neste mosteiro teve muitos embates com o inimigo. O mais notável de todos foi
quando o tentador lhe ofereceu uma visão de uma jovem deslumbrante que havia
visto em sua juventude. Procurou fugir de todas as formas possíveis através de
orações e súplicas ao Senhor. Quando percebeu que suas forças estavam esvaindo-se,
retirou sua roupa e atirou-se sobre uma roseira que ali estava. Claro que as
feridas provocadas pelos espinhos, muito dolorosas fizeram com que aquela
tentação abandonasse sua mente!
Lutou bravamente contra o tentador,
combatendo o Bom combate. Por muitas vezes, a batalha tornava-se tão intensa
que seus irmãos de hábito podiam escutar as ofensas que ele recebia, sem com
isso ver que estava a ofender este Santo Varão. Dentre muitos milagres vamos
citar aqui aquele que originou a sua imagem, ou seja, muitas delas trazem uma
taça com uma pequena cobra saindo dela. Após ter ficado muitos anos em retiro
isolado nas montanhas o Santo Varão foi convidado a assumir a vaga de um abade
que acabara de morrer em um mosteiro próximo de onde ele estava. Relutou muito,
recusando diversas vezes, avisando aos monges que sua regra de vida seria dura
em demasia difícil para eles, já que o Santo vivia em extrema pobreza e
dedicação a oração e ao trabalho, conduta que estava diferente nos mosteiros na
época.
Após muita insistência aceitou o convite e
aceitou dirigir o mosteiro. Impôs aos irmãos tantas regras e não permitia a
nenhum deles que se desviasse do caminho certo como era permitido antes,
incluindo aí a retirada de todos os atos ilícitos que eles praticavam. Os
irmãos após algum tempo não suportavam mais tamanha perfeição na conduta e
ficaram irritados com tamanha severidade durante a correção. Como para os maus
a vida dos justos é intolerável, planejaram matá-lo. Todos os dias era
apresentado ao Abade uma taça de cristal que continha uma bebida, e neste dia a
taça, além da bebida, trazia dentro um veneno. Segundo o costume do mosteiro o
Abade deveria abençoar a taça, e quando bento ergueu a mão e fez o sinal da
cruz a taça quebrou-se, mesmo quando ele ainda estava a certa distância. Disse
então o Santo: "Que Deus onipotente tenha piedade de vós, irmãos; porque
quisestes fazer comigo? Por acaso não vos disse antecipadamente que eram
incompatíveis meus modos de proceder com vossos. Ide pois procurar um pai de
acordo com caprichos, porque a partir de agora de modo algum podereis contar
comigo." Depois disso retornou para o lugar de solidão
que estava.
Muitos foram os combates e milagres feitos por este santo que modificou a
conduta de todos os mosteiros, mudança necessária na sua época. Por este
motivo, até os dias de hoje ele é considerado o patriarca dos mosteiros. Também
pelos combates que ele venceu é invocado, através da oração da medalha, quando
é necessário combater o inimigo.
Fonte:
Portal “Pela fé”
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