Punições
mais severas em caso de crime contra menores e lavagem de dinheiro são algumas
das novas normas contidas no ‘Motu Proprio’ apresentado na manhã de
quinta-feira, 11, no Vaticano. Papa Francisco decreta também que estas novas
leis penais sejam empregadas em todo o âmbito da Santa Sé e inseridas no
regulamento do Vaticano.
O primeiro resultado disso será a aplicação
da ‘linha dura’ contra a pedofilia e a criminalidade transnacional e
organizada. As novas normas foram apresentadas na Sala de Imprensa pelo
Presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Dalla Torre, e por Padre Federico
Lombardi. O “decreto” nasce da constatação que “em nossos tempos, o bem comum
está cada vez mais ameaçado pela criminalidade, pelo uso impróprio do mercado e
pelo terrorismo” – escreve Papa Francisco.
Ganha destaque no texto a “introdução do
crime de tortura e a ampla definição dos crimes contra menores (venda,
prostituição, recrutamento, violência sexual; pornografia infantil, possesso de
material pornográfico com crianças, e atos sexuais com menores”. “As leis
adotadas – explicou o jurista Dalla Torre – são o prosseguimento na adequação
das normas jurídicas vaticanas com as ações já empreendidas por Bento XVI”. Outro
efeito desta reforma do código penal é a abolição da pena de prisão perpétua,
considerada inútil e desumana e que, portanto, será substituída com a detenção
de 30 a 35 anos.
Um campo importante também se refere às
normas relativas à cooperação judiciária internacional, com a adoção de medidas
que se adéquam às convenções internacionais mais recentes. Na prática, como
explicou Dalla Torre, a reforma do código penal faz com que as normas possam
ser aplicadas aos funcionários dos dicastérios da Cúria, escritórios,
comissões, nunciaturas, e em geral, a todos as entidades dependentes da Santa
Sé.
Fonte:
Portal NewsVa
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