Uma
ação pública movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)
pegou os organizadores da Jornada Mundial da Juventude de surpresa, quando
pediu o cancelamento do repasse de R$ 7,8 milhões para a 28° edição do evento,
que acontecerá entre 23 e 28 deste mês, afirmando que este é um evento privado
e não deve ter incentivo governamental.
O pedido foi ajuizado na última terça-feira,
9, e em nota o Comitê Organizador Local (COL) reafirma o caráter público do
evento, que não cobra a venda de ingressos, não possui fins lucrativos e tem a
programação aberta a todos os cidadãos, apesar na natureza religiosa. "A
JMJ Rio 2013 será um evento realizado em parceria com o Poder Público. O
Ministério Público, embora regularmente informado, insiste em ignorar que
diversos pedidos para sediar a JMJ Rio 2013 foram formulados, por escrito, pelo
Governo Federal (assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reiterado
pela Presidente da República, Dilma Roussef), pelo Governo Estadual e pela
Prefeitura do Rio de Janeiro, no sentido de que a cidade do Rio de Janeiro
fosse escolhida para sediar esta versão da JMJ", explica o COL.
A licitação publicada pelo município do Rio
seria para a contratação de serviços de saúde para a Jornada, e este veto pode
resultar no cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a
programação, caso o Instituto Jornada Mundial da Juventude não mantenha a
programação de atenção à saúde e nem preserve os contratos já estabelecidos.
A organização relembra que, por decisão da Presidência
da República, a segurança do evento será conduzida pelas Forças Armadas.
"Assim, verifica-se empenho do Poder Público em prover a segurança do
evento. Nada mais justo do que o Poder Público prover atendimento médico aos
participantes do evento, bem como a todos os que estiverem nas imediações e
necessitarem de eventual atendimento médico", declara.
O COL demonstra sua preocupação com os
peregrinos e o empenho para que tudo saia como planejado, “os organizadores da
JMJ 2013 informam que oferecerão oportunamente resposta à inicial proposta,
certos de que o Poder Judiciário decidirá a questão atendendo a todos os
anseios da sociedade, e que, apesar de tais obstáculos, a JMJ Rio2013 será um
sucesso”.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes,
fez um pronunciamento no Palácio da Cidade, nesta quarta-feira, durante a
passagem dos símbolos da JMJ, que estão no município desde o dia 6 de julho,
defendendo o apoio do Governo Municipal à Jornada. “A prefeitura vai
disponibilizar todos os serviços públicos necessários para atender bem a essa
multidão que aqui está. (...) A prefeitura deve executar o serviço de
atendimento médico pré-hospitalar fixo e móvel nos eventos a serem realizados
em Copacabana e Guaratiba", afirmou.
A organização da JMJ Rio2013 também ressalta
os benefícios que o evento trará para a cidade. "É fato que a JMJ Rio2013
trará ao Município do Rio de Janeiro um público de magnitude inédita, que já
está chegando à cidade, vindo de todas as partes do planeta, fato este que,
incontestavelmente, promoverá mundialmente nossa cidade, trazendo literalmente
milhões de turistas e incontáveis oportunidades para os cariocas e para todos
os setores da economia local”. “Resta claro então que a JMJ Rio2013 não pode
ser compreendida como um evento exclusivamente religioso e muito menos
privado", destacou.
Fonte: ACI Digital
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