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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Corrija seu filho!


  Apresentamos aos nossos leitores um ótimo texto do grande catequista que foi o Pe. Álvaro Negromonte, sobre a correção e educação dos filhos. Vale para pais, educadores em geral e todos aqueles que têm o grande e difícil ofício de educar crianças, adolescentes e jovens. A boa correção, segundo ele, deve ser “rara” e “justa”:

1.º) Rara
  O educador deve ver tudo, dissimular muito, corrigir quando necessário.
- Ver tudo, para conhecer bem a crianças, não se deixar surpreender, nem passar por tolo aos olhos das próprias crianças.
- Dissimular muito, porque muitas faltas não têm realmente importância, umas são próprias da idade e passam com ela, outras as próprias crianças notam e, quando estão sendo educadas, tratam de emendar por si.
- Corrigir quando necessário, porque a correção demasiada é prejudicial à educação.

  Quando muito frequente, ela:
* perde o salutar efeito de inspirar desgosto à falta cometida, com o consequente desejo de emenda;
* enfraquece a autoridade do educador, ao invés de reforçá-la, como o faz, desde que seja rara;
* insensibiliza a criança, que já não acode às advertências, pela própria impossibilidade de fazê-lo;
* pode mesmo ser contraproducente, tornando-se irritante – e nas poucas recomendações que fez São Paulo sobre a educação dos filhos pediu que não os irritassem (Ef. 5,4).

  Premidas por uma disciplina muito estreita, censuradas a cada instante, derivam as crianças para a falta de brio ou para uma situação emocional angustiante, que terminará levando-as ao consultório médico. É pena que muitos pais, precisamente entre os mais zelosos e bem intencionados, insistam, mesmo quando reconhecem que não adiantam suas intervenções, e que até pioram a situação. Dir-se-ia que o fazem mais em satisfação à própria consciência (mal orientada) que para o bem do filho. Alguns até se aborrecem, quando lhes pedimos para não intervirem.

2.º) Justa
Há de corresponder a uma falta. O senso de justiça é geralmente muito vivo nas crianças, e elas repelem, magoadas, as correções injustas e as suportam, revoltadas, ainda que se trate de simples advertência. Se as repelem, mesmo que seja apenas interiormente, já elas não produzirão os procurados efeitos. Quando, por si mesma, a criança percebe que errou e decide retificar-se, a interverção dos pais será apenas para apoiá-la e estimulá-la no seu propósito.


“Corrija seu filho” - Pe. Álvaro Negromonte

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