Testemunha privilegiada,
cantor sublime, impulsionador fascinante da Ordem Cisterciense foi São
Bernardo. A história eclesiástica do segundo quarto do século XII (1123 – 1153)
se compreende na pessoa carismática de São Bernardo “não houve de fato
acontecimentos no qual São Bernardo não tenha se interessado: Oriente e
Ocidente, Igreja e sociedade laical, clero secular e regular sofreram a marca
da sua genialidade: Papas, bispos, reis, senhores feudais, camponeses,
foram de diferentes modos repreendidos, moderados, agredidos como também
confortados, exortados, encorajados, inflamados por este monge ardente e
impetuoso, um verdadeiro enviado de Deus para livrar os homens da iniqüidade e
do vicio, para tirá-los em seguida, direcionando-os ao caminho da mais alta
espiritualidade cristã”.
Bernardo é passado à história, sobretudo pela
ajuda e influência do seu pensamento, da sua experiência de místico que permeou
toda a baixa idade média e reafirmou, em grande exigência de autenticidade e de
experiência do Divino a metade do séc XV na “theologia cordis”, na “devotio
catholica”: “As influências religiosas nestes tempos foram enormes; dele
dependendo toda a mística da idade média e atingindo de mão cheia, uma elevada
produção literária quase igual a Santo Agostinho”.
A compreensão de são Bernardo nos dá certeza,
da tamanha experiência, do tamanho da busca do ideal da vida monástica como a
mais alta expressão da vida cristã. Bernardo foi um homem de muita ação por
causa das circunstâncias não por sua vontade: “Ele quis ser monge, sempre
monge, aspirando que a meditação das coisas divinas, a prática do ascetismo,
que mortificando a carne e o espírito, permita de alcançar aquele Jesus
crucificado que para si era a compreensão de toda a sua filosofia”. O
ideal monástico de Bernardo é intimamente coligado ao claustro cisterciense. Se
o monaquismo é o ápice da perfeição cristã, a aspiração à vida monástica fica
diretamente ligada ao mosteiro cisterciense, ele só pode ser ideal
cisterciense, ao movimento cisterciense: “Extra Cistercium nulla salus”.
Fonte: Portal do Mosteiro de
Claraval
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