“Eles
nos deram quatro opções: Conversão ao Islã, pagar para ser protegido, morrer ou
fugir”, esta é a declaração de uma das refugiadas cristãs no Iraque. A situação
está cada vez pior e não, além da Igreja Católica, tantas vozes que se levantem
contra os assassinatos em massa. Muitos políticos veem os atuais conflitos em
todo o Iraque como algo já comum ou apenas institucionais, mas a verdade é que
estamos vendo um massacre religioso e um dos mais bárbaros. Cristãos orientais
e católicos têm sido crucificados, empalados (inserção de uma estaca por algum
orifício do corpo até a morte), decapitados, infibulados (mutilação das partes
genitais), estuprados, queimados e esquartejados vivos. O cenário é aterrador.
É medonho!
Até o ano 2011 o número de cristãos no Iraque
já havia se reduzido de 1 milhão e duzentos mil para trezentos mil fieis, sendo
dentre esses, 140 mil mortos até o ano passado. Muitos líderes religiosos
cristãos do Oriente Médio chamam a isso de “plano de islamização”. Segundo
contam, o plano consiste num esvaziamento programado da presença cristã na
região, ou seja, obrigar todos os cristãos do Oriente Médio à conversão ao
islã: se não aceitarem, devem abandonar o país ou serão mortos. O Patriarca
Siro-ortodoxo, Inácio Efrém II foi audaz em denunciar o plano e acrescentou que
alguns Estados e órgãos financiam os extremistas muçulmanos, inclusive captaniando
jovens islâmicos para a jihad (“guerra santa”) em outros países como Egito,
Arábia e Irã.
Dom Louis Sako, Patriarca Católico dos
Caldeus, é uma das grandes vozes que se destacam para falar em nome dos
perseguidos e injustiçados no Iraque. Sua posição é bem delicada, pois vive no
epicentro das turbulentas campanhas bélicas, ainda assim, o valente religioso
católico tem feito inúmeros discursos, apelos e escrito declarações e cartas às
autoridades mundiais tentando diminuir o sofrimento dos cristãos. Disse Dom
Sako numa entrevista: “É triste ver a indiferença do mundo inteiro diante do
que o Oriente Médio está vivendo. São perseguidos porque são cristãos. São
pacíficos. São inocentes. Esse é o grande escândalo. O mundo inteiro deve
reagir para dar fim a estes atos e pedir àqueles que financiam esse povo – o
Isis – que suspendam as ajudas militares e econômicas.”
O que nós podemos fazer? Ainda que não
estejamos (AINDA) numa situação de martírio, como nossos irmãos cristãos do
Oriente, temos o dever de nos fazermos próximos deles através de gestos
concretos. Na semana passada o Santo Padre, o Papa Francisco, já havia nos
pedido que rezássemos em todas as Missas pelos cristãos do Iraque. Agora penso
que poderíamos também de forma pessoal continuar com as orações próprias até que
se terminem esses conflitos. Podemos:
1.
Rezar todos os dias na intenção pela paz no Iraque e pela proteção dos
cristãos;
2.
Combinar com seu Pároco uma Hora Santa ou mais algumas Missas na intenção pela
paz e pela proteção dos irmãos iraquianos;
3.
Oferecer rosários, em particular ou em grupo, pelas vítimas do massacre;
4.
Propor outras iniciativas para mobilizar os cristãos do Brasil e do mundo sobre
este problema;
5.
Assinar uma Petição pública de medidas sobre os fatos. (Participe da iniciativa clicando aqui)
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