Todos
os anos, no mês de agosto, rezamos de maneira particular pelas vocações. É
claro que a oração e o trabalho vocacional devem acontecer durante todo o ano,
mas no mês de agosto colocamos ênfase na importância das vocações e na reflexão
acerca delas. Muito se fala hoje em dia sobre a “crise das vocações”, sobretudo
as sacerdotais e religiosas, mas enquanto Deus quiser chamar e, de fato Ele
continua chamando, e houver um coração que escute e se incline à voz do Senhor,
haverá vocações. Deus assim o quer, o mundo precisa delas mais do que nunca.
A vocação é a história do convite de Deus ao
homem e da resposta deste Àquele que o chama a um amor maior. Mas também a
vocação é a história de duas respostas: a resposta de um Deus providente a uma
comunidade que reza e a resposta pessoal do vocacionado que escuta a voz de
Deus a convocá-lo à uma vida particular. Não há vocação se apenas Deus chama;
ela se completa na resposta amorosa e disponível de todo homem. Por isso,
devemos sempre rezar pelas vocações e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance
para cumprir o mandato de Jesus: “Pedi ao Senhor da messe que envie operários
para a sua messe” (Mt 9,38).
Existem muitos jovens que até pensam na
vocação, mas tem medo de não serem felizes neste caminho e acabam por optar por
aquilo que acreditam ser mais fácil. Realizar a vocação nunca é fácil. Seja no
casamento ou no sacerdócio, seja na vida missionária, seja na vida
contemplativa, sempre haverá obstáculos a serem superados e a natureza humana a
ser burilada. Mesmo depois de estarmos na caminhada do Senhor, as coisas não
serão fáceis. Incompreensões, perseguições, tentações, cansaços, qualquer coisa
que pode acometer a qualquer pessoa, também tocará aquele que respondeu o
chamado de Deus. A vocação não nos blinda, não nos afasta dos problemas, não
nos torna insensíveis, mas nos diz que devemos seguir com alegria o caminho de
Jesus, servindo e amando o quanto podemos.
Durante este mês podemos destacar vários
santos ligados à vocação: São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, patrono
dos padres, (4), São Domingos, inspirador dos pregadores da Palavra de Deus
(08), São Lourenço, padroeiro dos diáconos (10), Santa Clara, exemplo para as
religiosas (11), Santo Ezequiel Moreno, modelo dos confessores (19), Santa
Mônica, exemplo de mãe e esposa (dia 27) e Santo Agostinho, inspirador dos vocacionados
e modelo dos bispos (28).
O mês vocacional é um “mês temático”, não
propriamente “litúrgico”. Convencionou-se a rezar pelas vocações da seguinte
maneira:
* No primeiro
domingo reza-se por todos os padres; a motivação é a memória de São João
Maria Vianney, lembrada no dia 04 de agosto, padroeiro dos párocos e, desde o
Ano Sacerdotal convocado pelo Papa Bento XVI, também padroeiro de todos os
padres.
* No segundo
domingo celebramos o dia dos pais no calendário civil, recordamos,
então, o chamado a gerar vida, a continuar com a obra criadora de Deus. Ser pai
e ser mãe, constituir família, assumir um estado de vida na Igreja. Inicia-se
neste Domingo a “Semana Nacional da Família”.
* No terceiro
domingo lembramos de rezar pela vocação à vida consagrada, feminina e
masculina; motivados pela Solenidade da Assunção de Maria, modelo de todos
aqueles que dizem sim ao chamado de Deus para uma entrega total.
* No quarto
domingo trazemos presente todos os ministérios leigos, a vocação de todos
os batizados, o serviço que os fiéis leigos desempenham nas comunidades
paroquiais. Em especial, rezamos por todos os catequistas, aqueles que ensinam
os caminhos de Jesus através da doutrina e da espiritualidade.
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