Em
um mês, a encíclica publicada pelo Papa Francisco e escrita “a quatro mãos” com
Bento XVI, vendeu na Itália mais de 200 mil cópias: "Lumen fidei" é
um verdadeiro sucesso de vendas. Nesse meio tempo, o Papa trabalha outros
textos. Em seu verão no Vaticano o Pontífice se dedica aos planos de reforma da
Cúria e do IOR. Na escrivaninha, esboços e manuscritos em preparação: a
exortação apostólica sobre a nova evangelização e o projeto da nova encíclica
sobre a pobreza, a "Beati pauperes".
A exortação deve sair até 24 de novembro,
quando se conclui o Ano da Fé, proclamado por Bento XVI no cinquentenário do
Concílio. O documento retoma o conteúdo e o esboço da exortação pós-sinodal da
Assembleia Geral dos bispos sobre a nova evangelização, realizada no Vaticano
em outubro passado. Como revelado pelo próprio Francisco, o tema será abordado
num contexto mais amplo, inspirando-se na "Evangelii nuntiandi",
exortação de Paulo VI, de 1975; uma firme referência para o Papa.
Já a nova encíclica, a "Beati
pauperes" (Felizes os pobres) será centrada no tema da pobreza – tão
querido ao Papa da “Igreja pobre e para os pobres”. O texto não deve
interpretar a pobreza no sentido ideológico ou político, mas evangélico, como
disse Francisco recentemente. O próprio título é extraído das Beatitudes evangélicas
e do “Sermão da Montanha”: as beatitudes que Francisco, em seu twiter propõe
como um “ótimo programa de vida para todos nós”.
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