Jesus, acompanhado de seus
discípulos, após longa caminhada, estava para entrar na cidade de Jericó. À
beira da estrada, não muito longe das habilitações,estava um cego sentado,
pedindo esmola. Aquela estrada, uma das mais frequentadas pelos peregrinos,
era, certamente, um ponto bem escolhido pelo cego para estender a mão aos
transeuntes.
Naquela hora, porém, a esmola que ia receber
não era apenas grande, era maior que podia desejar em sua vida. Ouvindo o
tropel de gente que passava, perguntou:
- Que movimento é esse? Quem
é que está passando?
- É Jesus de Nazaré,
disseram-lhe.
Jesus. Aquele nome não lhe era desconhecido;
pelo contrário. Já ouvira falar de muitos milagres operados por ele. Sabe que
Jesus, sempre caridoso e bom, restituíra a luz dos olhos a diversos outros
cegos como ele. Quem sabe se não teria chegado, também pra ele, a hora da
graça, o momento da cura? Cheio de esperança, põe-se a clamar:
- Jesus, Filho de David, tem
piedade de mim!
Era como se dissesse: Senhor, tu és o Messias
prometido; tu és o Filho de Deus feito homem; tu podes curar-me, restituindo-me
a vista.
Interiormente, este cego enxergava muito mais do que os pobres judeus obcecado. Manifesta uma fé viva, uma confiança firme, um grande desassombro. Apesar de o repreenderem os que vinham à frente, mandando que ele se calasse, suspeitando que quisesse pedir alguma esmola a Jesus, nem por isso deixa de repetir:
Interiormente, este cego enxergava muito mais do que os pobres judeus obcecado. Manifesta uma fé viva, uma confiança firme, um grande desassombro. Apesar de o repreenderem os que vinham à frente, mandando que ele se calasse, suspeitando que quisesse pedir alguma esmola a Jesus, nem por isso deixa de repetir:
- Jesus, Jesus, tem piedade
de mim que sou um pobre cego.
Nosso Senhor, quando mais perto, ouve aquela
voz lastimosa, para no meio da estrada e diz aos que estão junto ao cego:
- Tomai-o pela mão; trazei-o
aqui. Eu quero vê-lo de perto, quero falar-lhe.
Conduziram-lhe o cego e Jesus, embora
conhecesse perfeitamente qual o pedido daquele infeliz, para que o mesmo
fizesse uma profissão de fé no poder de Deus, perguntou-lhe:
- Que queres que eu te faça?
Que é que pedes?
- Senhor, faze que eu veja,
pois é tão triste ser cego. Não enxergo, não vejo nada deste mundo; Senhor,
faze que eu veja!
E Jesus, diante da fé viva do cego, usa de
seu poder e de sua bondade, dizendo simplesmente:
- Vê! A tua fé te salvou.
E no mesmo instante o homem abriu os olhos e
admirado, comovido até às lágrimas, começou a ver. E, em vez de correr para
casa, a contar aos seus a graça que recebera, permanece ao lado de Jesus e o
vai seguindo, agradecendo a Deus e bendizendo o seu Benfeitor. Foi, então, que
também todo povo, que presenciou o milagre, pôs-se a louvar a Deus.
Fonte: Tesouro de Exemplos –
Pe. Francisco Alves
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