Celebramos neste Domingo a
Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. As leituras deste domingo
falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei). Apresentam-no como
uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na
história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de
vir.
A primeira leitura utiliza a imagem do Bom
Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. A
imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do
seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação,
o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro
dramático, o «rei» Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do amor que
partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os
desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a
indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem
insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos
que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse «Reino de Deus»
de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino definitivo, Deus
manifestar-se-á em tudo e atuará como Senhor de todas as coisas (vers. 28).
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