A visão narrada por São João
Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje.
A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do
calendário não permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além
desses, a Igreja tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no
mundo silenciosamente e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem
nunca ter duvidado dos ensinamentos de Jesus.
Enfim, santos são todos os que foram
canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem
sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra
perseverando na fé em Cristo. Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque
para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O
que vale é o nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o
Cristo, e que somente Deus conhece. "Todos os fiéis cristãos, de qualquer
estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da
caridade. "Todos são chamados à santidade: "Deveis ser perfeitos como
o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48) (CIC 2013).
Como mesmo entre os canonizados muitos santos
não têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a lembrança de
todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração começou no século III, na
Igreja do Oriente, ocorrendo pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de
609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos
os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os
Santos.
A mudança do dia começou com o abade inglês
Alcuíno de York, professor de Carlos Magno, perto do ano 800. Os pagãos celtas
entendiam o dia 1° de novembro como um dia de comemoração que anunciava o
início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição
da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos lembrando os cristãos que
morreram em estado de graça foi instituída no dia 1° de novembro.
O Papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu
para toda a Igreja a comemoração em 1° de novembro. Oficialmente, a mudança do
dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1° de novembro, só foi
decretada em 1475, pelo papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de Todos
os Santos enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia
seguinte. Quando o dia 1° de novembro não acontece em um domingo, a liturgia do
dia de Todos os Santos, é celebrada pela Igreja Católica, no Brasil, no domingo
seguinte. Vamos, como Santo Agostinho, dizer: "Se eles podem ser santos,
eu também posso."
Fonte: Paulinas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.