Se você deseja ir ao encalço
da perfeição Cristã, você tem que proteger sua mente das informações que são
inúteis para sua alma. Infelizmente esta é uma era de informação e informação tecnológica,
e o mundo está nos oferecendo isso como nunca antes. Uma explosão de informação
através da TV, livros, revistas, jornais e por último mas não o menos
importante, a internet. Mas isso nos leva ao que eu chamo de poluição da mente com
informações inúteis. Hoje nós temos viciados em informação, pessoas que
procuram informação, não para melhorar sua eficiência no trabalho, mas informação
para si mesmo.
São Paulo nos escreve em 1Cor 2,2, “Julguei
não saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo
Crucificado”. É somente esse conhecimento que São Paulo julga importante, Jesus
e a entrega de sua vida na cruz. Eclesiastes 1,18 nos fala: “Porque no acúmulo
de sabedoria, acumula-se tristeza, e quem aumenta a ciência, aumenta a dor”. O
primeiro exemplo de conhecimento inútil é o excesso em assistir noticiários. É
bom saber o que está acontecendo ao nosso redor e no mundo, mas ficar obcecado
em procurar saber a cada minuto todos os detalhes sobre um acontecimento, não é
útil para quem está procurando a perfeição Cristã. As redes de Televisão, respondendo
ao apetite desenfreado das pessoas sobre notícias, inventaram os canais de
notícias 24 horas.
Tome como exemplo o julgamento do ex-jogador
de futebol americano O.J.Simpson, que foi o evento de maior audiência em todo o
mundo. Eu posso entender se fosse uma final de uma Copa do Mundo, mas um
julgamento? O que eu poderia tirar de proveitoso disso? Nada, nem para a minha
alma, mente ou corpo. Deixe-me falar a respeito de um “exercício” que eu
pratico durante a quaresma, eu me recuso a ouvir as notícias seja pelo rádio,
jornais ou revistas. É claro que também não assisto televisão. Acreditem-me, eu
não perco nada de importante; pelo contrário, minha mente fica livre dessa
“poluição” de informações e passa a trabalhar melhor. Existe uma estória que
fala sobre dois monges que estavam sentados conversando, quando um deles
levantou-se e foi para sua cela (quarto); o outro monge o viu andando em círculos
e então esse perguntou o que ele estava fazendo. O monge respondeu: “estou me
livrando de tudo o que é do mundo a respeito de nossa conversa, pois eu não
quero levar esses assuntos para dentro de minha cela”.
Fonte: “A Prática da
Espiritualidade segundo os Padres do Deserto”, por Pe. Athanasius Iskander
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