Carlos Lwanga residia na
região de Uganda. Desde cedo foi educado e preparado por sua família para
exercer o sacerdócio ao deus Kabaka que segundo a cultura de seu país admitia
somente homens virgens e virtuosos. Carlos seguiu esta determinação até o dia em
que soube da chegada de missionários à sua região no ano de 1878. Foi
conhecê-los, pois soube que também guardavam a castidade e veio a conhecer
Robert Mukasa que era o líder católico. Mukasa orientou e ensinou as virtudes
de fé e a doutrina cristã para Carlos que abandonou seus deuses, sendo
batizado.
Uganda era governada pelo Rei Mwanga II que
tinha comportamento bastante dissoluto e sem pudor. Carlos já assumia a
liderança dos pajens do palácio e juntamente com Mukasa procuravam repreender o
rei de suas infames atitudes. Em 1885, o rei irritado com as constantes
investidas de Mukasa ordenou sua decapitação. O rei empreendeu então grande
perseguição aos cristãos iniciando pelos pajens do palácio os quais foram
duramente questionados e alguns deles mortos por não ceder às atitudes
arbitrárias do rei.
Percebendo isso, Carlos batizou os pajens e
os orientou na firmeza e perseverança na fé. Mwanga II entrou em consenso com
seu conselho e resolveu interrogar os pajens com o intuito de renegarem a sua
fé sob pena de morte. Assim o fez, ordenando que aqueles que rezavam ficassem
de um lado e os que não rezassem ficassem ao seu lado. Carlos e seus doze
companheiros foram para o lado oposto e inflamaram a ira do rei que os
perguntou uma última vez se iriam permanecer cristãos. Ao ouvir um sonoro sim
por resposta, ordenou que fossem mortos.
Os jovens foram confinados na prisão de
Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala. No dia 03 de junho de
1886 iniciaram-se as terríveis torturas e flagelos aos jovens. Carlos foi o
primeiro a morrer, queimado vivo, para assim motivar os outros a desistirem de
sua fé. Mesmo depois de sua morte e sob terríveis sofrimentos, nenhum dos
jovens recuaram e foram mortos. Os mártires foram beatificados por Bento XV a 6
de junho de 1920 e canonizados pelo papa Paulo VI em 18 de outubro de 1964.
Carlos Lwanga foi declarado "Padroeiro da Juventude Africana".
Fonte: Portal Zenit
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