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segunda-feira, 19 de maio de 2014

As posições do corpo na Liturgia


  A atitude exterior do corpo influi sobre a atitude interior. Poucas pessoas conseguem alcançar a concentração da mente e da alma, se o corpo não estiver adequadamente posto à tarefa. Mais ainda quando falamos da oração e, em especial, da participação ativa à Santa Missa. Nosso corpo deve reproduzir ao que nossos pensamentos se atêm.
 
1. De pé.

  Significação: Ficar em pé revela reverência, prontidão, disponibilidade, afeição, confiança, alegria. Aarão está de pé diante de Deus e serve-O (Dt 18, 5), em razão do ministério sacerdotal e sua dignidade. Aarão estava de pé entre os mortos e vivos (Nm 16, 45), servindo de intercessor. Os ministros estavam de pé ao serviço do rei. (Est 7, 9.)

  Uso: O celebrante está de pé no Sacrifício e na maior parte das funções sacerdotais, como intercessor e medianeiro. O povo está de pé para ouvir o evangelho (prontidão, alegria) e rezar o Credo; também durante o tempo da páscoa e no domingo, que é renovação semanal da ressurreição; e no ofício aos cânticos “Benedictus” e “Magnificat”, por serem partes do Evangelho. 

2. Genuflexão.

  Explicação: Permanecer de joelhos durante a oração é símbolo de adoração, de humildade, de angústia, de penitência. A genuflexão é simples ou dupla. A genuflexão ordinária ou simples faz-se dobrando o joelho direito, sem inclinação da cabeça nem do corpo, sem demora, tocando o chão próximo ao calcanhar esquerdo. Sendo prescrita ao pronunciar muitas palavras, p. ex., Et incarnatus est, a genuflexão se faz devagar.

  Os que estão revestidos de paramentos fazem a genuflexão sobre os degraus, exceto à chegada e à retirada do espaço do coro (d. 2682 ad 49; 4198 ad 3); os ministros inferiores dobram sempre o joelho até o chão.

  Saúda-se por uma genuflexão simples a 'cruz do altar nas funções litúrgicas (in actu functionis tantum, d. 3792 ad 11), a cruz da procissão durante a absolvição dos defuntos com exceção do celebrante, bispo, cônego. Só o celebrante faz a genuflexão pondo as mãos sobre o altar, e fá-lo sempre assim.

  A genuflexão dupla faz-se pondo em terra, primeiro o joelho direito, depois o esquerdo, segue-se inclinação medíocre do corpo e, por fim, levantar-se. (d. 4179 ad 1.) Faz-se diante do Santíssimo Sacramento exposto ao entrar e ao sair do espaço do coro; ou, para mudar os paramentos, passando-se do meio do altar para a credência ou de lá voltando ao meio do altar. (d. 2682 ad 49.) Fora disso, usa-se a genuflexão simples.

3. Prostração.

  Fazer prostração quer dizer lançar-se de bruços no chão. É considerada como sinal de humildade, da dor mais profunda, da súplica de maior instância. Esteve em uso na antiguidade; Nosso Senhor (Mt 26, 39) "caiu sobre a sua face". No rito romano é cerimônia rara, p. ex., no principio das funções da sexta-feira santa, antigamente na missa do Sábado Santo e Vigília de Pentecostes.

4. Assentar-se.

  Significação: Sentar-se na Liturgia é sinal de dignidade, mas também de condescendência dos prelados; compete às autoridades eclesiásticas e civis. Quando o povo se assenta, é sinal do discipulado, da escuta a Deus e à sua Palavra sagrada.


  O bispo está sentado no ato do batismo solene, da confirmação e da ordenação; desde os primeiros séculos o bispo tinha a sua cadeira na Ábside da igreja, a “cátedra”. O sacerdote está assentado na administração do sacramento da penitência como juiz, no rito de absolver da excomunhão fora da confissão. Na missa solene, o padre e o povo poderiam se sentar durante o Kyrie, Glória, Sequência e Credo, se estes forem bastante grandes (com várias vozes ou orquestra).

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