A atitude exterior do corpo
influi sobre a atitude interior. Poucas pessoas conseguem alcançar a
concentração da mente e da alma, se o corpo não estiver adequadamente posto à
tarefa. Mais ainda quando falamos da oração e, em especial, da participação
ativa à Santa Missa. Nosso corpo deve reproduzir ao que nossos pensamentos se atêm.
1. De pé.
Significação: Ficar em pé revela reverência, prontidão,
disponibilidade, afeição, confiança, alegria. Aarão está de pé diante de Deus e
serve-O (Dt 18, 5), em razão do ministério sacerdotal e sua dignidade. Aarão
estava de pé entre os mortos e vivos (Nm 16, 45), servindo de intercessor. Os
ministros estavam de pé ao serviço do rei. (Est 7, 9.)
Uso: O celebrante está de pé no Sacrifício e
na maior parte das funções sacerdotais, como intercessor e medianeiro. O povo
está de pé para ouvir o evangelho (prontidão, alegria) e rezar o Credo; também
durante o tempo da páscoa e no domingo, que é renovação semanal da
ressurreição; e no ofício aos cânticos “Benedictus” e “Magnificat”, por serem
partes do Evangelho.
2. Genuflexão.
Explicação: Permanecer de joelhos durante a
oração é símbolo de adoração, de humildade, de angústia, de penitência. A
genuflexão é simples ou dupla. A genuflexão ordinária ou simples faz-se dobrando
o joelho direito, sem inclinação da cabeça nem do corpo, sem demora, tocando o
chão próximo ao calcanhar esquerdo. Sendo prescrita ao pronunciar muitas
palavras, p. ex., Et incarnatus est, a genuflexão se faz devagar.
Os que estão revestidos de paramentos fazem a
genuflexão sobre os degraus, exceto à chegada e à retirada do espaço do coro
(d. 2682 ad 49; 4198 ad 3); os ministros inferiores dobram sempre o joelho até
o chão.
Saúda-se por uma genuflexão simples a 'cruz
do altar nas funções litúrgicas (in actu functionis tantum, d. 3792 ad 11), a
cruz da procissão durante a absolvição dos defuntos com exceção do celebrante,
bispo, cônego. Só o celebrante faz a genuflexão pondo as mãos sobre o altar, e
fá-lo sempre assim.
A genuflexão dupla faz-se pondo em terra,
primeiro o joelho direito, depois o esquerdo, segue-se inclinação medíocre do
corpo e, por fim, levantar-se. (d. 4179 ad 1.) Faz-se diante do Santíssimo Sacramento
exposto ao entrar e ao sair do espaço do coro; ou, para mudar os paramentos,
passando-se do meio do altar para a credência ou de lá voltando ao meio do
altar. (d. 2682 ad 49.) Fora disso, usa-se a genuflexão simples.
3. Prostração.
Fazer prostração quer dizer lançar-se de
bruços no chão. É considerada como sinal de humildade, da dor mais profunda, da
súplica de maior instância. Esteve em uso na antiguidade; Nosso Senhor (Mt 26,
39) "caiu sobre a sua face". No rito romano é cerimônia rara, p. ex.,
no principio das funções da sexta-feira santa, antigamente na missa do Sábado
Santo e Vigília de Pentecostes.
4. Assentar-se.
Significação: Sentar-se na Liturgia é sinal
de dignidade, mas também de condescendência dos prelados; compete às
autoridades eclesiásticas e civis. Quando o povo se assenta, é sinal do
discipulado, da escuta a Deus e à sua Palavra sagrada.
O bispo está sentado no ato do batismo
solene, da confirmação e da ordenação; desde os primeiros séculos o bispo tinha
a sua cadeira na Ábside da igreja, a “cátedra”. O sacerdote está assentado na
administração do sacramento da penitência como juiz, no rito de absolver da
excomunhão fora da confissão. Na missa solene, o padre e o povo poderiam se
sentar durante o Kyrie, Glória, Sequência e Credo, se estes forem bastante
grandes (com várias vozes ou orquestra).
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