Hoje
comemoramos o Dia de Nossa Senhora de Fátima. Uma santa muito popular em
Portugal e no Brasil por causa dos descendentes portugueses. A história da
aparição de Fátima para os três pastores é muito conhecida e cada vez mais
admirada. Envolta em mistérios, os devotos de Nossa Senhora de Fátima têm
muita confiança nos milagres da santa, principalmente após o Milagre do Sol,
que ocorreu na sua sexta aparição aos três pastores em 13 de outubro de 1917.
Segundo relatos de jornais da época, “era
imensa a multidão que acorrera à Cova da Iria: 50 a 70 mil pessoas. A maior
parte chegara na véspera e ali passara a noite. Chovia torrencialmente e o solo
se transformara num imenso lodaçal." A multidão rezava o terço quando, à
hora habitual, Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira.
“É preciso que se emendem; que peçam perdão
dos seus pecados. Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito
ofendido”, disse Nossa Senhora aos pastorinhos. Nesse momento, abriu as mãos e
fez com que elas se refletissem no Sol, e começou a Se elevar, desaparecendo no
firmamento. Enquanto se elevava, o reflexo de sua própria luz se projetava no
Sol. Os pastorinhos então viram, ao lado do Sol, o Menino Jesus com São José e
Nossa Senhora. São José e o Menino traçavam com a mão gestos em forma de cruz,
parecendo abençoar o mundo. Desaparecida esta visão, Lúcia viu Nosso Senhor a
caminho do Calvário e Nossa Senhora das Dores. Ainda uma vez Nosso Senhor
traçou com a mão um sinal da Cruz, abençoando a multidão. Por fim aos olhos de
Lúcia apareceu Nossa Senhora do Carmo com o Menino Jesus ao colo, com aspecto
soberano e glorioso. As três visões recordaram, assim, os Mistérios gasosos, os
dolorosos e os gloriosos do Santo Rosário.
Enquanto se passavam essas cenas, a multidão
espantada assistiu ao grande milagre prometido pela Virgem para que todos
cressem. No momento em que Ela se elevava da azinheira e rumava para o
nascente, o Sol apareceu por entre as nuvens, como um grande disco prateado,
brilhando com fulgor fora do comum, mas sem cegar a vista. E logo começou a
girar rapidamente, de modo vertiginoso. Depois parou algum tempo e recomeçou a
girar velozmente sobre si mesmo, à maneira de uma imensa bola de fogo.
Seus bordos tornaram-se, a certa altura,
avermelhados, e o Astro-Rei espalhou pelo céu chamas de fogo num redemoinho
espantoso. A luz dessas chamas se refletia nos rostos dos assistentes, nas
árvores, nos objetos todos, os quais tomavam cores e tons muito diversos,
esverdeados, azulados avermelhados, alaranjados etc. Três vezes o Sol, girando
loucamente diante dos olhos de todos, se precipitou em zigue-zague sobre a
terra, para pavor da multidão que, aterrorizada, pedia a Deus perdão por seus
pecados e misericórdia. O fenômeno durou cerca de 10 minutos. Todos o viram,
ninguém ousou pô-lo em dúvida, nem mesmo livres pensadores e agnósticos que ali
haviam acorrido por curiosidade ou para zombar da credulidade popular.
Não se tratou, como mais tarde imaginaram
pessoas sem fé, de um fenômeno de sugestão ou excitação coletiva, porque foi
visto a até 40 km de distância, por muitas pessoas que estavam fora do local da
aparições e portanto fora da área de influência de uma pretensa sugestão ou
excitação. Mais um pormenor espantoso notado por muitos: as roupas, que se
encontravam encharcadas pela chuva no início do fenômeno, haviam secado
prodigiosamente minutos depois. Este milagre inicial de Fátima se multiplicou
em entre seus fieis de forma “viral”. Até hoje Nossa Senhora de Fátima é uma
das invocações mais importantes da Virgem Maria.
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