Na Liturgia, existem orações
que são próprias do sacerdote e que não podem ser feitas pelos fiéis leigos.
Infelizmente, partindo de uma falsa ideia de participação ativa na Liturgia,
muitos tendem a querer dizer tudo junto do padre e, pior ainda, quando o próprio
padre pede aos leigos para acompanhá-lo... Isso é um erro grave e deve ser corrigido
o mais rápido possível em nossas comunidades, pois nestes tempos de tanta
informação, é impossível que alguém já não saiba o que pode ou não fazer
durante a Missa a que se vai com frequência diária ou dominical.
A oração que vem depois do Pai-Nosso é
chamada de “embolismo”: “Livrai-nos de todos os males, ó Pai...”, que tem por
função prolongar a última petição da Oração dominical (Pai Nosso). Diz a IGMR,
n. 153: “Terminada a Oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz
sozinho o embolismo... No fim o povo aclama: “Vosso é o reino, o poder...”. É,
pois, só no fim do embolismo que o povo participa com uma resposta muito
expressiva, mas não junto do padre. “Em seguida, o sacerdote, de braços
abertos, diz em voz alta a oração: “Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos
vossos Apóstolos...”. Esta oração termina com o anúncio da paz, feito também só
pelo sacerdote e não junto do povo: “A paz do Senhor esteja sempre convosco”, e
o povo responde: “O amor de Cristo nos uniu” (Ibidem, n. 154). Não vale a pena
inventar o que já foi inventado há muito tempo; nenhum padre, nenhum leigo pode
fazer inserções ou malabarismos e trazê-las para a Liturgia!
A beleza da liturgia está nesta
complementaridade de intervenções, e não no fato de todos dizerem tudo, como
alguns poucos teimam em fazer. Antes de terminar deixe-me dizer, caros irmãos,
que estas respostas se encontram todas, de maneira muito clara, no livro chamado
“Missal Dominical” e que está presente em sua Paróquia. Lá você encontrará no
início dele um documento que tem por título “Instrução Geral ao Missal Romano”
(IGMR), onde poderá encontrar o melhor livro de liturgia da Igreja Católica.
Seja você e o seu padre fiel a ele e terão sempre a certeza de celebrarem a
Missa “da” Igreja e não “de” uma igreja.
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