Queridos paroquianos e
amigos,
Mês de Maio, mês das mães, lembramo-nos do
grande modelo de amor materno: Maria. Assim como os santos, só que Maria de
modo especial, Nossa Senhora deixa atrás de si um rastro de santidade e um
exemplo todo especial de busca de Deus. A expressão “viver a vida de Maria” foi
cunhada por J. C. Colin, fundador dos padres maristas e resume em si uma
resposta completa e sólida ao Evangelho de Jesus Cristo. Vejamos a vida de
Maria e tiremos pontos concretos de comprometimento com a Palavra de Deus:
Maria
está plena de Deus
Na Sagrada Escritura dizer palavras como
“gesto”, “graça”, “bênção” é proclamar alguém em uma situação abençoada por
Deus, repleta de Deus, encharcada de unção divina. Assim vemos Maria ser chamada
a “cheia de graça” (Lc 1,28); o Senhor está com ela devido à plena graça nela
contida, depositada, reservada. Neste grande “capital de graças”, que é Maria,
o cristão pode achegar-se confiantemente e encontrar ali, Deus revelado.
Maria
serve a Deus perfeitamente
Não apenas a graça da eleição já havia feito
de Maria uma consagrada do Senhor, mas ainda a graça de sua resposta a
estabelecer como instrumento dócil nas mãos do Pai. “Eis aqui a serva do
senhor” (Lc 1,38) indica a pronta e íntima participação de Nossa Senhora na
obra do Filho: Jesus será o Servo dos Servos, Aquele que não se apegou à glória
de ser Deus, mas despoja-se de si para vir ao encontro dos seus. Maria
co-participa desta missão ao dizer-se “serva”, pois irá também despojar-se da
glória de ser “Mãe de Deus” para ser antes, discípula do Senhor, aquela que
segue a Jesus e acolhe os de Jesus (Jo 19,27). O cristão vê em Maria fecundo
modelo de serviço, cheio de humildade e todo gratuito.
Maria
se dispõe prontamente
O perfil espiritual de Maria é o da
identificação com seu Filho. O “eis que venho fazer” de Jesus confunde-se com o
“faça-se em mim” de Maria; ambos se disponibilizam, ambos se colocam no plano
de doação. Nas necessidades os homens agora não ficam sem intercessão, pois is
servos potentíssimos Jesus e Maria, logo se colocam à disposição. Este fazer-se
ouvinte dos rogos dos fiéis não é apenas um serviço, mas uma imediata resposta
aos apelos de Deus. Podemos ter em Maria esta motivação para a prontidão,
diante das coisas de Deus, sabendo que nossa ação estará irmanada na ação de
Cristo.
Maria
tem um coração novo
A atitude de Nossa Senhora em relação às
realidades do alto será sempre levada
para o campo do Mistério: Mistério é a sua conservação como Virgem, Mistério é
o seu chamado, Mistério é a sua vida junto à vida de seu Filho, Mistério é a
sua dor e a sua aceitação dos planos de Deus, Mistério é a sua intercessão e
presença na Igreja.
A palavra “mistério” não designa, apenas,
algo que não se possa compreender ou tanger pela razão, mas “Mistério” é algo
que se esconde e, ao mesmo tempo de apresenta: algo que vela, mas que também revela.
Assim, o “Mistério” está para o simbólico, isto é, mostra uma realidade
querendo atingir outra; representa uma pessoa, um fato querendo apresentar uma
verdade maior que pelas simples palavras, não alcançaríamos. Assim, misterioso
é saber como as verdades celestes eram abrigadas no coração de Maria.
A Escritura diz que “Maria guardava todas
essas coisas em seu coração” (Lc 2,51). Maria torna-se a “Virgem que sabe
ouvir”, a Virgem de coração novo, capacitada pelo lume divino a oferecer não
somente este coração, mas toda a vida em prol da evangelização. O cristão que
aceita ter um coração novo, que guarde com reverência a Palavra de Deus como
Maria, estará alicerçando no mais alto grau de seguimento de Jesus.
Belíssimo texto, padre! Que Nossa Senhora interceda por seus filhos prediletos e pos nós, leigos/ovelhas, que confiamos nos pastores da terra sendo auxiliados e infundidos pelo Deus Espírito Santo.
ResponderExcluirSua benção!