A Confirmação ou Crisma é o
sacramento que confere aos batizados a plenitude do Espírito Santo, para os
fazer perfeitos cristãos, fortificando-os na fé e aperfeiçoando as outras
virtudes e dons que tinham recebido no Batismo. É um Sacramento que imprime “caráter”,
isto é, um “selo”, uma “marca” indelével, que não se pode apagar ou retirar.
Por isso, como o Batismo e a Ordem, só se recebe uma vez na vida.
Chama-se “Confirmação” porque reforça e
confirma os cristãos na nova vida que receberam no batismo; chama-se também de “Crisma”
(“unção”), porque se unge o fiel na fronte com o óleo consagrado. Ungidos como
o Cristo, os crismados serão uma presença de Deus no mundo em que vivem.
Para receber este sacramento são necessárias
certas disposições:
1-
Como em todo sacramento, para que sua graça
aconteça é necessário estar sem pecado grave e combatendo o pecado venial com
firme decisão;
2-
A pessoa seja batizada validamente como
cristã;
3-
Que tenha passado pela formação doutrinal (Catecumenato
crismal) e correspondido por uma vida reta, à fé católica;
4-
Que tenham sido aprovados pelos seus
formadores diretos (os catequistas, padrinhos e instrutores) e com a
concordância do Pároco;
5-
Tenham, segundo normas arquidiocesanas, idade
a partir dos 15 anos completos.
Após o catecumanato, o agora “crismado” não
está sem compromissos; ele não recebe o certificado de sua Crisma para dizer: “Ok,
agora já acabei o curso, já tenho meu diploma e mais um sacramento no bolso”,
mas a recepção deste sacramento lhe exigirá um maior amor e zelo pelas coisas
de Deus. O crismado deverá, segundo o cânon 879:
·
Estar vinculado mais perfeitamente à Igreja.
E isso significa trabalhar mais pela sua paróquia e se inserir na dinâmica
pastoral;
·
Testemunhar a Cristo pela palavra e pela
ação. E isso significa viver melhor o Evangelho, dentro e fora do ambiente da
Igreja;
·
Difundir a fé. O crismado agora é convidado a
falar do seu encontro pessoal com Jesus, a apresentar os tesouros da nossa fé a
todos ao seu redor. Ser apóstolo de Jesus, não se envergonhando, nem se
omitindo quanto ao catolicismo;
·
Defender a fé. Aquele que recebeu o
Sacramento da Crisma se comprometerá a livrar a Igreja e a doutrina de Cristo
dos ataques, das mentiras, dos erros que muitos querem impor a ela. A
apologética não é somente para teólogos, mas para qualquer cristão que sente
sua fé ser desrespeitada.
O ministro ordinário (com poder próprio) da
Crisma é o Bispo, mas administra validamente o sacramento também outro
sacerdote que, por direito, por ofício ou por mandato do Bispo o faça segundo
as normas da Igreja e seu Ritual.
A “matéria” do sacramento, isto é, a parte
visível e palpável do rito, é a unção com o óleo do crisma, juntamente com a imposição
de mãos. Já a “forma”, as palavras pronunciadas pelo ministro enquanto realiza
a unção, é: “N.,recebe, por este sinal, o Espírito Santo, o dom de Deus”.
Na Crisma recebemos, em profusão, os dons do
Espírito Santo, a saber: Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência,
Piedade e o Temor de Deus.
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