Hoje celebramos a Páscoa de
117 mártires vietnamitas dos séculos XVIII e XIX, canonizados pelo Beato João
Paulo II, em 1988. Os mártires deram a vida por Cristo nas mais diversas
vocações: 8 bispos, 50 padres e 59 leigos. Todos morreram heroicamente pela fé,
em diversos tempos. Camponeses, pais e mães de família, catequistas,
seminaristas, todos deram testemunho de seu amor por Jesus.
A grande parte dos mártires foi decapitada,
outros estrangulados, queimados vivos, esquartejados e mortos na prisão. Todos
se recusaram a pisar na cruz e a apostatar, isto é, a abandonar a sua fé. Para
cada um dos fiéis, a vida cristã não era apenas um caminho, mas o caminho de
vida; Cristo não era uma figura edificante, apenas modelo de vida, mas era o
centro de suas vidas, assim como Paulo disse: “já não sou eu que vivo, mas
Cristo que vive em mim”.
Esses mártires, de condição tão diferente e
vindos das mais diversas regiões, foram fiéis à cruz de Cristo e suportaram
sofrimentos horríveis. Mesmo no meio das trevas da vida e da injustiça e
crueldade humana, se confiaram às mãos do Pai, à sua Providência e Amor. Sua
coragem e ardor inspiraram até outros santos, como Santa Teresinha do Menino
Jesus e da Sagrada Face que, ao saber do exemplo dos mártires e ao ler suas
cartas, pôs-se a rezar incessantemente por todos os missionários de sua época,
sendo mais tarde, com São Francisco Xavier, Padroeira das Missões.
Hoje, em meio a tantas facilidades e pouco
sacrifício dos cristãos, deveríamos ficar envergonhados com nossa fraqueza e
pouco espírito de entrega. O horrendo mal acontecido com os mártires (línguas
arrancadas, corpos serrados ou desmembrados, fechados em cavernas com feras...)
deveria nos fazer pensar mais em como encaramos as dificuldades da vida e como
vivemos nossa fé de modo efetivo.
Possam os santos mártires interceder por nós
e nos ajudar a dar a vida por Cristo e por sua Igreja, sem reclamações,
omissões, comodismos ou desculpas.
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