No novo e último livro da
série ‘Jesus de Nazaré’, no volume intitulado ‘A infância de Jesus’, que chegou
no dia 21 de Novembro passado às livrarias de Portugal, Bento XVI fala
da historicidade dos Evangelhos e ressalta: se ficar transtornada a primeira
relação fundamental do homem – a relação com Deus -, então nada mais pode estar
verdadeiramente em ordem.
Segundo informou a Agência Ecclesia do
episcopado português, Bento XVI cita autores da antiguidade, incluindo o poeta
latino Virgílio, para falar no anseio de paz que se vivia no tempo de Jesus, e
deixa um alerta: “Quando o imperador se diviniza e reivindica qualidades
divinas, a política ultrapassa os próprios limites e promete aquilo que não
pode cumprir”. “Às vezes, no curso da história, os poderosos deste mundo
colocam-no [reino de Jesus] sob a sua alçada, mas é precisamente então que ele
corre perigo: querem ligar o seu poder ao poder de Jesus e, assim, deformam o
seu reino, tornando-se uma ameaça para ele”, escreve o Papa. “Deus com a sua
verdade, opõe-se à múltipla mentira do homem, ao seu egoísmo e à sua soberba”,
explica o Pontífice.
Jesus, afirma Bento XVI, “não
corresponde à expectativa imediata de salvação messiânica por parte dos homens,
que se sentiam oprimidos não tanto pelos seus pecados quanto, sobretudo, pelos
seus sofrimentos, a sua falta de liberdade, a sua existência miserável”. “O
homem é um ser relacional: se ficar transtornada a primeira relação fundamental
do homem – a relação com Deus -, então nada mais pode estar verdadeiramente em
ordem. É desta prioridade que se trata na mensagem e na atividade de Jesus”,
acrescenta.
Joseph Ratzinger centra-se na
figura que é apresentada pelos evangelhos canônicos, considerando estes livros
como as fontes fidedignas sobre a vida de Cristo. O volume divide-se em
quatro capítulos e aborda o arco histórico que começa na apresentação da
genealogia de Jesus e termina na sua separação e reencontro com os pais, em
Jerusalém, aos 12 anos.
O livro teve uma tiragem inicial de
mais de um milhão de exemplares em oito línguas (italiano, francês, inglês,
espanhol, alemão, português [europeu e do Brasil], croata, polaco), estando
previstas traduções em 20 idiomas.
Fonte: ACI
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.