Só possuiremos a vida divina na medida em que a vivermos e a realizarmos em nós. Quando nosso espírito se une ao Espírito de Deus diremos, então, que a graça está em nós. E como isso acontece? Quando dois espíritos têm atos comuns, um se transforma no outro. Ora, entre Deus e eu, quem é o maior? Deus, é claro! Portanto, será o Espírito de Deus que encaminhará o nosso espírito à perfeição.
Este princípio abre horizontes à grandeza da nossa vocação porque, na participação da vida divina, trata-se nada menos do que o assimilar as coisas de Deus, o seu saber, o seu pensar, o seu querer, o seu amor, a sua misericórdia, o seu perdão. Perguntarmo-nos se temos estas virtudes e isso nos dará a resposta do quanto estamos sendo conduzidos por Deus.
A vida passa rápido demais e não nos perguntamos muito sobre quem somos nós, como temos vivido e quais são nossos autênticos sonhos. As mudanças radicais no mundo trouxeram não apenas o bem, mas muitas vezes uma aceleração do ser humano fora do normal. Somos marcadamente empurrados para o deleite do momento, do agora; nunca vimos uma geração tão pragmática e utilitarista como essa que pensa e se lança primeiro no prazer e depois no dever e nas consequencias de sua escolha... Desorientação pessoal, desintegração do eu-coletivo, despolitização, descompromisso... Amargos traços de nossa geração.
O futuro do homem é sombrio se Deus não estiver nele, se nosso espírito não se unir ao de Deus. Sem a presença de Deus, a vida é pura corrosão e o ser humano, deus de si mesmo. Toda essa fragmentação e falta de oriente pode ser mudada se cada pessoa fizer a experiência real da presença de Deus em sua vida.
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