Santa Cecília, mártir

  Hoje celebramos a memória facultativa de Santa Cecília. Mesmo não sendo obrigatória, a Missa dedicada à Santa é uma das mais populares, já que Cecília é Padroeira da música e dos músicos. Invocada para proteger os que trabalham na área da música, também é conhecida sua intercessão em favor da garganta.

  Cecília era uma jovem e bela romana nascida no século II. Prometida desde cedo em casamento a um homem chamado Valeriano, decidiu no dia de seu casamento confessar ao noivo que havia consagrado sua pureza a Jesus Cristo. Valeriano, que era pagão, disse que respeitaria sua vontade, desde que ele visse algum sinal miraculoso. Cecília então pediu que ele procurasse o bispo Urbano, para que fosse batizado e purificado. Seguindo as instruções da noiva, Valeriano tornou-se cristão e teve a visão de um anjo que, realmente, disse guardar a virgindade de Cecília. O casal passou então a professar juntos a fé cristã.

   Os cristãos, entretanto, continuavam a ser perseguidos pelo Império Romano e logo Valeriano e seu irmão Tibúrcio caíram na mão dos pretorianos, que os executaram. Ao enterrar, piedosamente, o corpo do marido e do cunhado, Cecília acabou também sendo presa. Como era muito popular em Roma, por sua ajuda aos pobres, foi decidido que ela seria morta em sua casa, para evitar protestos. Prenderam-na em um quarto de banhos quentes, para que morresse asfixiada. Mas o que aconteceu surpreendeu a todos e valeu a Cecília o título de padroeira dos músicos. Durante três dias e três noites Cecília ficou entoando cantos de louvor a Deus. Intrigados com tamanha resistência, os algozes a tiraram de lá para degolá-la. Por três vezes a tentativa do algoz falhou e ela foi deixada para morrer agonizando, já que pela lei romana esse era o número máximo de vezes em que se poderia tentar a degola.

  Cecília perdeu as cordas vocais e levou ainda um tempo para morrer, mas seus cânticos ainda podiam ser ouvidos – um milagre! Não podendo cantar a glória de Deus e a divindade do Cristo, fez com os dedos o sinal das duas naturezas do Filho de Deus, a humana e a divina.

  No ano de 323, o cristianismo foi adotado como religião oficial do Império Romano. Neste tempo foi criada uma basílica na cidade italiana de Trastevere, onde teria sido a casa de Cecília, que foi canonizada. Lá repousam os restos mortais da Santa, que é  uma das mais veneradas na Igreja Católica e a que possui mais capelas e igrejas dedicadas ao seu nome na Europa.

 Oração dos músicos:

Senhor, Jesus Cristo, Somos notas diferentes na mesma pauta do Reino de Deus, Nós Te Louvamos por este tempo de pausa, de silêncio. Lembramos que a quietude de Tua mãe, Maria, permitiu que ela respondesse, sim! E a Canção se fez Homem, e habitou no meio de nós (Jo 1,14). Temos timbres diferentes e exatamente por isso podemos cantar a trinitária harmonia dos acordes da fé, da esperança e do amor. 

Que possamos unir nossas diferenças para que a canção seja mais santa e mais bela. Sabemos que na vida existem acidentes. Mas não nos deixes cair na desafinação. Que possamos ouvir a voz uns dos outros, seguindo as Tuas orientações e movimentos, nosso Maestro maior! 

Alerta-nos para que saibamos obedecer aos sinais de expressão: Desde o pianíssimo e oculto serviço da composição, até a fortíssima visibilidade de nossa canção nos Meios de Comunicação. Acima de tudo nós Te pedimos: Lembra-nos que a clave é quem dá o nome, a altura e o significado de tudo o que cantamos. E a nossa clave és Tu, Sol nascente, Luz do Alto, que veio nos ensinar a profetizar pela canção, com os olhos para o alto e com os pés firmes no chão. De todas as verdades, És o Supremo Cantor. Senhor Jesus, Nossa boca cantará o ritmo do Teu coração. Unidos cantaremos a Tua eterna canção de Amor. 

Amém!