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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Papa e a Sagrada Liturgia



  O Mestre de Celebrações Litúrgicas do Papa Bento XVI, Monsenhor Guido Marini, assinalou alguns dos principais detalhes que o Santo Padre precisa cuidar para celebrar a Santa Missa. Em uma entrevista concedida ao grupo ACI, Mons. Marini indicou que para o Papa é muito importante dirigir o olhar ao crucifixo no momento da celebração Eucarística. Nas celebrações presididas pelo Santo Padre, “um dos aspectos significativos é o da centralidade do crucifixo sobre o altar”, afirmou. Porque – acima de tudo -, no momento da Oração Eucarística, é fundamental que todos dirijam o olhar e o coração “para quem está no centro, o Senhor, para renovar seu sacrifício de amor pela salvação de todos”.


  Mons. Marini explicou que o Papa é muito cuidadoso em “desenvolver a liturgia como a celebração do Mistério de Cristo, onde o Senhor é o verdadeiro grande protagonista litúrgico, e onde a participação é autêntica na medida em que se entra no Evangelho de Cristo, no Evangelho do Senhor”. Outro aspecto importante para o Santo Padre é a adoração. Ele indicou que “o Papa repete frequentemente que a liturgia é o ato maior de adoração da Igreja, e deve conduzir na adoração”.
  Mons. Marini disse ao grupo ACI que participar de uma Missa celebrada pelo Santo Padre é também uma oportunidade para fortalecer a fé. “Nesses momentos penso, ‘estou ao lado do Vigário de Cristo’, e renovo minha fé”, expressou. O Prelado recalcou que a liturgia se compõe de “muitas pequenas coisas”, como ajoelhar-se enquanto se recebe a Comunhão, ou guardar silêncio nos momentos previstos durante o ato litúrgico. Para ele é necessário ter sempre presente os pequenos detalhes que fazem da Missa uma verdadeira conversação com o Senhor. Durante a Missa, “eu penso na atenção a tudo o que entra na composição do rito para que ajude de verdade a quem participa em viver a figura de Deus e aqueles que permanecem em atitude de adoração”.
  “Do lado litúrgico é necessário considerar (estes detalhes) para que permaneça bem afirmada esta centralidade da presença do Senhor, de seu ser protagonista, e do sentido também autêntico da participação no mistério de Cristo”, concluiu.

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