Qual a diferença entre “retirar-se”
e “fugir”? Refletindo tal coisa, cheguei à seguinte conclusão: “fugir”,
significa correr para longe, bem longe de todas coisas, abandoná-las como sendo
ruins ou quase isso; é fazer um corte profundo entre o antes e o depois, é não
mais querer voltar. É apagar o que passou e se lançar numa nova investida sem
nenhum toque com o passado ou com aquilo que o tange.
“Retirar-se”, significa deixar as ocupações
rotineiras, trabalhos, problemas, para melhor compreender a nossa própria vida
e a vida de Cristo; é sair do burburinho e empreender uma grande viagem rumo a
Deus e a si mesmo. Enfim, distanciar-se não para abandonar, mas para ver com
outros olhos a realidade, perceber de outro ângulo.
Como é importante fazer a experiência do
retiro. Os homens hoje correm desesperadamente e não têm tempo para Deus e para
si mesmos. A realidade, às vezes muito dura, os engole e lhes tira o ânimo, a
paz. Nunca vimos tanta gente sofrendo de depressão e de tristeza. Apesar das
inúmeras opções de lazer que hoje temos, o homem moderno, não raras vezes, se
encontra sozinho, abatido, sem perspectiva, sem vida.
Fugir das dificuldades não é o correto, nem é
o bom. Retirar-se, para ver de outra forma as mesmas dificuldades, isso é bom e
correto. Muitos sentem vontade de abandonar tudo: família, trabalho, Igreja e
até a própria existência. Mas isso só agravará a situação. Sair por ora do
furação, é a melhor opção para não vê-lo como um gigante e vencê-lo – como David
– com a simples solução de uma pedrinha atirada no ponto certo.
Oi Pe. Sinto uma enorme dificuldade em me retirar para ver as situações de modo diferente ou de ficar em silêncio e tentar ver as respostas através desse "retiro". Como posso inciar e tornar isso uma prática, para ajudar nessa caminhada?
ResponderExcluirAbraços!!!