Na nossa cultura consumista, marcadamente agnóstica e ateia, o cristão se vê cercado por todos os lados de convites nada virtuosos. A religião também vive seu momento de "produto de consumo". A Barca de Pedro, a Igreja, passa por uma terrível crise, não apenas interna, mas também externa; parece que a Barca está para afundar, que entram águas por todos os cantos e lados e tudo indica - aos olhos humanos - que a embarcação sucumbirá e será tragada pela força das águas impetuosas para o fundo do mar...
A pior crise vem de dentro. Quando nós, os responsáveis pela embarcação, religiosos e leigos, não permitimos que ela sangre os mares com autoridade, excelência, ímpeto, certeza, vigor. O pior ataque vem de dentro! Quando não nos responsabilizamos pela santidade da Igreja e por sua pureza. Nós sujamos a Igreja! Nós traímos a Igreja! Nós afundamos a Igreja! No interior da Igreja, vemos "Evas" e "Adões" que continuam a cair.
Fora da Igreja também há tormentas: ataques, chacotas, desprezos, agressividades... Mas tudo isso é pequeno quando levamos à frente o estandarte de Cristo. Deus nos acompanha! E, com Ele, tenhamos coragem de decidir e de julgar, de escolher e de ser tudo por Cristo; se os cristãos tomarem nas mãos a sua missão de "sal da Terra e luz do mundo", então será óbvio que a vida do mundo de alguma forma mudará também.
Ainda que a grande Barca de Pedro se resuma no futuro a uma pequena Barca, ainda ainda sim continuemos nela, sabendo que quem a conduz é o próprio timoneiro Divino, Cristo, que deu uma vez sua vida por nós e que a continua dar, a cada dia.
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