Testemunhar e anunciar a mensagem cristã, conformando-se com Jesus Cristo. Proclamar a misericórdia de Deus e suas maravilhas a todos os homens.

Páginas

domingo, 19 de abril de 2015

3° Domingo de Páscoa


  Em primeiro lugar, a Páscoa supõe um encontro com o Cristo ressuscitado e glorioso, através da Igreja, através da carne do nosso irmão em quem palpita a vida divina e, finalmente, através dos sacramentos, onde deixou a sua pegada invisível e presentes visíveis, que o Cristo Pascal nos deixou para derramar e compartilhar conosco a vida divina. O cristianismo é justamente o encontro com uma pessoa viva, Jesus Cristo, quem o Pai ressuscitou vencendo as ataduras do pecado e da morte. Agora bem, o encontro com Cristo ressuscitado pede de cada um de nós um viver a vida nova que Cristo ganhou com a sua morte e ressurreição. Vida nova que implica nos arrepender dos nossos pecados, causantes do sofrimento e da morte de Cristo Jesus; implica deixar a nossa vida antiga e mundana, como tantas vezes nos pede o papa Francisco. Este arrependimento nos levará a nos ajoelhar diante do sacramento da Penitência, onde o sangue de Cristo nos lava, nos santifica e volta a brilhar em nós a vida nova do Ressuscitado.

  Em segundo lugar, esta vida nova nos lança a uma vida de santidade, que não significa ser imaculados, porém uma luta contra o pecado na nossa vida. São João na segundo leitura de hoje nos urge para não pequemos. O pecado ofende a Deus, que ingratidão para com o nosso Pai Deus! O pecado ofende a Cristo, que pena para o nosso Amigo e Redentor! O pecado ofende a Igreja, que falta de amor filial! O pecado ofende a nossa dignidade cristã, que vergonha! Cristo se imolou como vítima de expiação pelos nossos pecados. Portanto, Ele já destruiu o pecado com a sua morte. O que temos que fazer é cumprir com amor e por amor os mandamentos de Deus; seguirá dizendo são João na sua carta. Cumprindo os seus mandamentos e os nossos deveres do próprio estado estamos demonstrando a vida nova em nós.

  Finalmente, não podemos guardar a vida para nós. Temos que transmitir aos nossos irmãos esta vida nova, para que todos os que passarem do nosso lado também experimentem os efeitos da vida de Cristo ressuscitado através de nós, do nosso testemunho e da nossa palavra. Somos testemunhas diante do mundo de que Cristo vive, de que ressuscitou, de que está presentes na sua Igreja e em cada um de nós que tratamos de levar uma vida santa, cheia de caridade e justiça. Assim fez Inácio de Loiola com Francisco Xavier quando estudavam em Paris. Assim fez José de Anchieta com os índios quando veio para o Brasil no século XVI. Assim fez João Bosco com esses garotos aos quais ensinava artes e ciência, e por isso gritava “dai-me almas, Senhor, e tirai-me o resto”. Assim fez o cura de Ars ao chegar à sua paróquia, depois de anos abandonada ao pecado e à dissolução de costumes. E assim fazem tantos, missionários, missionárias, consagrados e laicos convencidos de Cristo, que se lançam a pregar a mensagem evangélica, para que ninguém fique fora da salvação trazida por Cristo Jesus, com a sua morte e a sua ressurreição.   


Fonte: Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no seminário diocesano Maria Mater Ecclesiae de São Paulo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode deixar seu comentário ou sua pergunta. O respeito e a reverência serão sempre bem vindas.