É o quinto dia da Semana
Santa. Neste dia é relembrada especialmente a Última Ceia. É realizada nas catedrais
diocesanas, a Missa do Crisma (em nossa Arquidiocese esta Missa é sempre na
Terça-feira Santa), onde o Bispo diocesano santifica o óleo dos Catecúmenos e
dos Enfermos e consagra o óleo de Crisma que será usado por todas as paróquias
de sua diocese durante um ano até a próxima quinta-feira Santa, onde o óleo que
restou do ano seguinte é queimado. Para a consagração do Crisma, o Bispo pede a
Jesus que envie o Espírito Santo Paráclito, para que torne o óleo santo e que
todas as pessoas ungidas com ele se tornem “soldados de Cristo”.
À Tarde, após o pôr-do-sol, é celebrada a “Missa
do Lava pés”, onde relembra o gesto de humildade que Jesus realizou lavando os
pés dos seus doze discípulos e comendo com eles a Ceia derradeira. É neste
momento que Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas
de prata. Nesta noite Jesus é preso, interrogado e no amanhecer da sexta-feira
açoitado e condenado. A igreja fica em vigília ao Santíssimo. relembrando os
sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A igreja já se reveste de luto e
tristeza desnudando os altares, quando é retirado todos os enfeites, toalhas,
flores, velas, tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que
vai acontecer. Em nossa Paróquia faremos pela primeira vez a “Procissão do
Fogaréu”, que relembra a prisão de Jesus.
É dia de meditação especial. Há tanta coisa
grande e digna de reflexão que não sabemos por onde começar:
pelo lavar dos pés aos
discípulos;
pela ceia pascal com os
apóstolos;
pela denúncia de Judas como
traidor;
pela exortação amorosa e
apelo ao arrependimento a Judas Iscariotes;
pela entrada de Satanás em
Judas e a sua saída para a noite;
pela instituição da Ceia
memorial;
pelo discurso de despedida;
pela agonia no Getsêmani;
pela prisão do Mestre,
com Judas à frente;
pela negação de Pedro...
Não podendo refletir sobre todos os eventos
de Quinta-feira Santa, permita-se-me pensar sobre a oração e agonia no Getsêmani,
"Calvário antes do calvário". Ali, no jardim, Jesus anteviu toda a
cena do Gólgota. Viveu e sofreu em espírito toda a dureza da cruz, do desprezo
e da vergonha do pecado. Ali, Ele anteviu e sofreu a traição do seu amigo
Judas; sofreu pela tríplice negação de Pedro; suportou a fuga de todos os seus
seguidores e viu-se sozinho frente ao tentador. Ali, esteve desamparado por
todos.
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