Conhecido
como “o homem da paz e da caridade”, Antônio de Sant’Ana Galvão nasceu no dia
10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). Filho de Antônio Galvão,
português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros,
natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era
profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica,
pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.
O pai, querendo dar uma formação humana e
cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de
13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. Em 1760,
ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no
Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi
ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o
Convento de São Francisco em São Paulo.
Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa
Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada
Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Cheio do
espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos
alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de
Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho
com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento
da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da
caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de
dentro e de fora do “recolhimento”.
Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no
Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu
santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado
na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua
sendo visitada pelos fiéis. Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está
escrito para eterna memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão,
ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em
suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de
1822″.Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o
tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a
continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de
seu Senhor Sacramentado.
Frei Galvão é o religioso cujo coração é de
Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade,
delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem
da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: “O seu
nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande
confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham
procurar nas suas necessidades”.
O dia 25 de outubro, dia oficial do santo,
foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação
de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu,
viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data
de 25 de outubro.
Fonte:
Portal Canção Nova
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