Quarenta
dias após o Natal, a Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor,
relembrando o dia em que Jesus foi apresentado ao Templo por Maria e José. O
gesto da apresentação faz memória do oferecimento de toda a vida de Jesus
Cristo a Deus, vislumbrando que Sua existência está voltada para a humanidade.
Esta festa também é conhecida como Festa da Purificação de Nossa Senhora. Uma
curiosidade: como a Festa cai em dia de Domingo, ela é elevada à classe de “Solenidade”.
A lei de Moisés fixava o tempo em que as
mães, após dar à luz, deviam se apresentar com os filhos recém-nascidos, diante
dos altares do Templo. Além disso, determinava uma oferenda a ser feita quando
a criança era do sexo masculino. Tanto pela mãe como para o filho, era
proposto um sacrifício a Deus. Maria e José oferecem a oferta dos pobres: duas
rolas, enquanto os mais ricos poderiam oferecer cordeiros e outros animais de
grande porte. Vão para oferecer o menino a Deus, mas, na verdade, é Jesus quem
toma posse do seu templo, do lugar em que Deus é cultuado.
No Templo, José e Maria encontrarão a
profetisa Ana e o velho Simeão. Ana, viúva há muitos anos, vivia no
Templo dedicando-se ao serviço a Deus com jejuns e orações. Ao encontrar
o Menino, reconhece Nele o Messias esperado e põe-se a louvar a Deus e a falar
da revelação que lhe acontecera a todas as pessoas. Já o velho Simeão reconhece
o Messias logo que seus pais adentram o Templo e levantando-o nos braços, louva
a Deus por tê-lo permitido ver Sua glória naquela criança. É Simeão quem
irá reconhecer no Menino o verdadeiro Messias tão esperado e, após agradecer a
Deus, advertirá Maria sobre o futuro de Jesus: Ele será um sinal de
contradição, revelando os pensamentos de muitos corações e uma espada
traspassará a alma da Mãe amorosa, que verá seu Filho sofrer pelo egoísmo da
humanidade que não O receberá.
Certamente, Maria pouco entendeu o que Simeão
estava a lhe dizer. Porém, continuava a meditar sobre o significado de
todas essas coisas em Seu coração. Voltando para Nazaré, irá acompanhar o
crescimento do Menino em sabedoria, estatura e graça. No vai e vem do templo,
apenas os olhos de Simeão e os de Ana, puderam ver além das aparências. É
preciso fé para enxergar Deus perto de nós.
Textos Bíblicos da Festa:
Ml 3, 1-4
Salmo 24/23
Hb 2, 14-18
Lc 2, 22-40
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