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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cremos em que fé?


  Muitas pessoas hoje em dia se utilizam de termos católicos, mas não com a mesma propriedade nem com o mesmo significado “católico” que deveriam ter. A palavra “fé” é uma delas. “Tenha fé em você”; “Eu tenho fé que hei de ganhar este prêmio”; “Tenha fé no poder das estrelas”; “Tenho fé que a minha hora vai chegar”; “Tenho fé que meu pensamento positivo vai mudar tudo”, são algumas expressões que pululam em nosso meio. Contudo, existe uma definição católica de fé e que não deve ser mudada, mas compreendida e vivida tal qual a nossa religião apregoa. É por ela que teremos a diferença entre católicos “de fé” e confusos que possuem “uma fé”.

  A fé é a adesão da inteligência às verdades reveladas na Sagrada Escritura e interpretadas, com rigor, pela Sagrada Tradição e pelo Magistério ordinário da Igreja; ou seja: devemos crer naquilo que Deus mesmo nos mostrou pelo Seu Filho e à sombra d’Ele. Crer em algo excepcional que nos foi mostrado e não em algo inventado pelos homens ou pelo seu sentimento e entendimento. Pela fé, cremos numa verdade que vem de fora e que não é, de modo algum, construída pelos homens e seus sistemas. A base da fé é a autoridade de Deus e não dos homens; cremos porque Ele nos mostrou, cremos numa Verdade, para seguirmos um caminho e obtermos a vida.

  Não podemos substituir esta fé por uma outra, nem inventar uma. Não é o homem que está no centro, mas Deus. Não é o ser humano que busca o Senhor, mas antes Deus que nos veio encontrar e será nossa obra colaborar neste encontro; deixamo-nos seduzir, tocar, encontrar por Deus. Neste sentido a fé é algo muito concreto e não subjetivo ou etéreo; a fé se mostra nas obras, não se define por sentimentalismos ou filosofias.


  Quem se diz “católico” deve abraçar verdades católicas e não uma mescla de religiões, onde tudo é possível e permitido. Buda, Maomé e Cristo não podem estar no mesmo patamar. Ou acreditamos que Jesus é Deus e, portanto, diferente de todos os outros profetas, ou não seremos cristãos, mas uma amálgama de ritos, doutrinas e caminhos; numa palavra: sincretistas. E, como disse Bento XVI: “A fé não se reduz a um sentimento privado, porventura a esconder quando se torna incômodo, mas implica a coerência e o testemunho público a favor do Homem, da justiça e da verdade.”

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